Aeronave que derrapou no aeroporto de Congonhas será removida da lateral da pista amanhã

O avião de pequeno porte que derrapou ao tentar pousar no aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, neste domingo (11), que ainda continua no gramado na lateral da pista, será removido amanhã. Foi o que informou Marcos Rabelo Santana, diretor da Tropic Air, empresa de táxi aéreo responsável pela aeronave, na noite desta segunda-feira (12).

A remoção do jato aguardava a liberação da perícia da seguradora, ainda que a investigação da Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) já tivesse autorizado o processo desde às 19h30 de ontem, como informou a assessoria de imprensa da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária).

O jato saiu de Florianópolis, em Santa Catarina, com dois tripulantes e um passageiro, e pousou em São Paulo às 17h20, quando escorregou na pista e só parou ao atingiu o alambrado do aeroporto, a poucos quilômetros da avenida dos Bandeirantes. O copiloto Rafael Martinetto Ferreira, 21, e a passageira Elaine Damaceno Rodrigues Gaail, 37, que estavam a bordo da aeronave, tiveram ferimentos leves.

Já o piloto Michael Rumpf, 66, teve traumatismo craniano e está internado no hospital Santa Paula, na zona sul da capital paulista. Segundo o comunicado do hospital, não foi necessária intervenção neurocirúrgica, mas Rumpf segue internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e apresenta boa evolução clínica.

"Ele está consciente, respirando espontaneamente, sem déficit e permanecerá internado na UTI neurológica para observação por mais 24 horas", informou o relatório emitido por Otávio Gebara, diretor clínico do hospital.

Investigação do acidente

As causas do acidente são investigadas pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), que esteve no local ontem para a coleta de provas, bem como para ouvir a versão de testemunhas. Segundo a assessoria de imprensa do centro, não há prazo para a conclusão da investigação, que não terá caráter punitivo.

A Polícia Federal, que também esteve no local, instaurou inquérito policial para apurar as circunstâncias em que se deu o acidente, conforme artigo 261, parágrafo 3º (sinistro culposo em transporte aéreo) e 129 (lesão corporal) do Código Penal.

Os pilotos estão com a habilitação em dia, assim como aeronave PR-MRG, modelo Cessna, também estava em situação regular, conforme levantamento da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Rumpf possui licença de PLA (Piloto de Linha Aérea) desde 1996 e Ferreira tem a autorização de PC (Piloto Comercial) desde 2010.