Diretor da ONS admite que sistema elétrico do país corre risco de falhas
O diretor-geral do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), Hermes Chipp, admitiu nesta terça-feira (18) que, em algumas situações, o sistema elétrico precisa correr riscos de falhas para que haja equilíbrio entre a segurança e os custos.
"Tem que haver o equilíbrio entre segurança e custos. As obras não podem ser feitas ao mesmo tempo, senão a tarifa vai lá para cima. Por isso temos que correr o risco em alguns lugares", disse Chipp, a jornalistas.
As declarações foram feitas alguns dias depois de um blecaute ocasionado por problemas na hidrelétrica Itumbiara (GO), de Furnas, o que levou ao desligamento de mais de 8 mil MW de cargas em 12 Estados.
As obras mais importantes, segundo Chipp, são as que estão indicadas no relatório da Copa do Mundo de 2014, mas não apenas por causa do evento esportivo. “Algumas obras precisam ser feitas, independentemente da Copa, para prover as cidades-sede de uma segurança adicional.”
Chipp comparou a execução de obras de segurança à contratação de seguro para automóvel. “Tem gente que faz um seguro total ou parcial, e a franquia varia. Quanto mais caro você paga, mais seguro você tem. É esse equilíbrio que a agência reguladora e o poder concedente avaliam.”
O diretor também defende o aumento do número de termelétricas no país, especialmente as regionais, para evitar as quedas no fornecimento de energia. “Não significa que eu vou gastar a termelétrica todo o tempo. Tem que ter o pulmão para não faltar [energia]. Se forem nos centros de carga [locais de maior consumo], melhor, porque não depende tanto de linhas de transmissão.”
Segundo ele, a operação no Brasil tem maior risco, porque a geração de energia está geralmente longe dos centros de carga, o que exige um grande número de linhas de transmissão.
Depois da interrupção no fornecimento de energia, que deixou cerca de 2 milhões de consumidores sem luz na noite de sábado (15), Chipp disse que o governo vai determinar uma varredura nas subestações de energia mais antigas e que estão em situação mais crítica.
(Com Agência Brasil e Reuters)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.