Morre manicure que sofreu parada cardíaca após lipoaspiração no interior de São Paulo

A manicure Nayara Cristina Patracão, 24, morreu na tarde desta quinta-feira (7) em São Carlos (232 km de São Paulo), após ficar um mês internada em decorrência de uma parada cardiorrespiratória durante uma lipoaspiração.

Segundo nota divulgada pela Casa de Saúde Hospital e Maternidade de São Carlos, onde Nayara estava internada, ela teve outra parada cardiorrespiratória hoje. Médicos plantonistas tentaram reanimá-la, mas, “em função do estado gravíssimo em que já se encontrava a paciente”, a jovem morreu às 14h20. 

Nayara vai ser velada e enterrada em Descalvado (243 km de São Paulo), cidade onde vivem seus familiares e na qual ela se submeteu a uma cirurgia para retirar excessos de gordura do abdome e das costas no dia 7 de janeiro, numa clínica particular.

A lipoaspiração foi um presente de Natal da mãe de Nayara, Lucimara Francischini, com o intuito de melhorar a autoestima da filha. Nayara era casada e tinha dois filhos: uma menina de quatro anos de idade e um bebê de oito meses.

Morte cerebral

Nayara respirava com a ajuda de aparelhos na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do hospital de São Carlos, que chegou a declarar, em janeiro, que ela apresentava morte cerebral. Um neurologista, a pedido da família, examinou a paciente e divergiu do hospital. Apesar de descartar a morte cerebral, o médico afirmou que o caso de Nayara era grave.

O hospital voltou atrás e realizou um novo diagnóstico. O exame indicou que somente 1% do cérebro da manicure recebia irrigação sanguínea devido ao inchaço (edema), informação que foi reiterada na manhã desta quinta-feira (7) em novo comunicado distribuído à imprensa.

Apesar da gravidade do caso, familiares da manicure sempre manifestaram esperança de que ela se recuperasse. Principalmente porque, segundo parentes, ela lacrimejava, tossia e mexia membros.

Ainda nesta quinta-feira, em resposta ao comunicado sobre a saúde de Nayara divulgada pelo hospital, a mãe da jovem chegou a declarar que tinha fé de que a filha se recuperaria.