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Cão poodle morre após ser espancado e queimado com óleo em Votuporanga (SP)

Carrapicho foi atendido ainda vivo, mas não resistiu - Erasmo Godoy/UOL
Carrapicho foi atendido ainda vivo, mas não resistiu Imagem: Erasmo Godoy/UOL

Fabiana Marchezi

Do UOL, em Campinas

19/03/2013 11h00

A polícia de Votuporanga (537 km de São Paulo) começou nesta terça-feira (19) as investigações sobre o caso do cachorro poodle que morreu na tarde dessa segunda-feira (18) após ser espancado e queimado com óleo quente, segundo veterinários.

O boletim de ocorrência foi registrado no 1º Distrito Policial pela Sociedade Protetora dos Animais de Votuporanga (Spavo). O animal, chamado de Carrapicho, chegou a ser socorrido e encaminhado a uma clínica veterinária, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Segundo Leonardo Brigagão, presidente da Spavo, pelas marcas no corpo do cachorro ele foi espancado com algum pedaço de madeira e queimado com óleo quente. “Temos quase 100% de certeza de que além de ser queimado ele ainda foi espancado, mas só poderíamos confirmar fazendo uma necropsia no animal, mas aqui na cidade não há este tipo de trabalho”, disse.

O cão foi encontrado ferido pela sua dona, Maria da Costa, de 50 anos, que pediu ajuda aos voluntários. “É inadmissível que um ser humano seja capaz de cometer uma atrocidade dessas. Isso é crime, e nós vamos ajudar a polícia a descobrir que fez isso”, disse Brigagão.

Maria disse que ficou uns dias internada e quando chegou em casa, na última sexta-feira (15), encontrou o animal desmaiado e com vários ferimentos pelo corpo do lado de fora de sua casa. “Ele passava o dia na rua e quando fui para o hospital ele ficou pra fora”. O animal ainda ficou três dias vivo, foi socorrido, encaminhado ao veterinário, mas não resistiu.

“Covardia”

"Ele era meu companheiro. Eu o adotei há uns dois anos. Dei o nome de Carrapicho porque quando ele chegou, estava cheio de carrapicho no corpo. Ele morava na rua, quando eu comecei a cuidar dele. Ele passava o dia solto e a noite dormia no meu quintal. Tem muitos cachorros de rua no bairro, e não imagino quem possa ter feito uma crueldade dessa com ele. Foi uma covardia", afirmou.

Para registrar o BO, Brigagão levou o laudo do veterinário que comprova os maus tratos e as fotos tiradas do animal ferido. Brigagão contou que os casos de abandono e maus tratos estão cada vez mais comuns no município. “Somente neste ano, já registramos mais de 300 casos”, disse.