Casas construídas para desabrigados em Niterói também apresentam rachaduras
Casas construídas junto aos apartamentos do conjunto Zilda Arns 2, em Niterói, que receberão desabrigados após as chuvas de abril de 2010, que devastaram o morro do Bumba, também apresentam rachaduras e podem ser demolidas.
As construções são térreas e estavam sendo construídas para portadores de necessidades especiais. A reportagem do UOL flagrou ao menos duas casas com rachaduras. A Imperial Serviços Limitada, que realiza as construções, informou que os danos estão sendo avaliados e, se necessário, esses blocos serão demolidos. Ao todo, o conjunto tem 11 casas em construção, mas a empresa não informou se todas apresentam rachaduras.
Nesta segunda-feira (25), a empresa conclui a demolição do prédio do bloco 5 do conjunto. Na semana passada, foram flagradas rachaduras e danos estruturais em dois dos prédios do conjunto, os blocos 5 e 3. A empresa afirma que os problemas ocorreram devido a uma forte chuva que atingiu a região metropolitana do Rio entre os dias 17 e 18 deste mês. O bloco 3 também deve ser demolido nesta semana.
Os edifícios fazem parte do programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal, e deveriam ser entregues aos sobreviventes em julho deste ano. Na tragédia do morro do Bumba, deslizamentos de terra causados pela chuva provocaram a morte de mais de 50 pessoas e deixaram dezenas de desaparecidos.
De acordo com a Caixa, responsável pelo programa federal, a obra se desenvolvia normalmente, com 89% de execução, sem nenhuma evidência de problemas. O banco afirma que as rachaduras apareceram na semana passada. A demolição está sendo realizada com máquinas, começando pelos andares de cima e descendo até o solo. Os custos da demolição, segundo a Caixa, serão da construtora.
A Caixa informou que uma equipe acompanha a demolição e vai e adotar todas as medidas para a continuidade da construção, logo que as obras forem liberadas pelos técnicos. O banco também contratou uma perícia técnica para a conclusão de estudo complementar, que vai identificar o que provocou os danos. O resultado deve sair em até 15 dias após a demolição. A retomada das obras vai ocorrer após a apresentação de novo projeto, que deve atender às recomendações apresentadas nos laudos técnicos.
O valor total do empreendimento é de R$ 21.888.825,50. O conjunto tem nove blocos, com 40 apartamentos cada, distribuídos em cinco andares (térreo e mais quatro pavimentos) e 11 casas. Ao todo, são 371 unidades habitacionais.
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