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"Eu nunca nem entrei no armário", diz Daniela Mercury

Do UOL, em São Paulo

27/05/2013 06h00

"Sair do armário" virou gíria para "assumir a homossexualidade" e poderia servir para resumir o caso da cantora Daniela Mercury, que tornou público seu relacionamento com uma mulher, a jornalista Malu Verçosa, em março. No entanto, em entrevista ao UOL, a cantora alerta: "Eu nunca nem entrei no armário".

Não é uma doença ser gay. É maravilhoso ser gay. É uma delícia. É uma opção a mais

Daniela Mercury, sobre a ideia de "cura gay"

"Eu não sou mulher de armário. Sou mulher de falar tudo", acrescenta. É com esse espírito que a cantora deve participar da 17ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, mais conhecida como Parada Gay, que acontece na capital paulista no próximo domingo (2). Coincidência ou não, o tema da parada deste ano é "Para o armário, nunca mais!".

Em entrevista concedida no Dia Internacional de Combate à Homofobia (17 de maio), Daniela Mercury falou sobre casamento entre pessoas do mesmo sexo, cura gay e homofobia.  A cantora também afirmou que acredita que um mal estar com a própria sexualidade é o que provoca o preconceito, e defendeu a prisão para os homofóbicos.

Após Virada Cultural, PM reforça segurança para a Parada Gay

  • Nivaldo Lima/Futura Press

    A PM (Polícia Militar) de São Paulo reforçará a segurança da 17º Parada Gay de São Paulo, que acontece no próximo dia 2 de junho, após a violência que deixou dois mortos durante a Virada Cultural, no último final de semana

No início de maio, a cantora foi homenageada pela APOGLBT (Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo) no 13º Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade, na categoria Ação Cultural.

Acompanhada da mulher, Daniela criticou a postura do deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), pastor evangélico e atual presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, defensor de ideias como a 'cura gay'.

Como crítica àqueles que agem contra os direitos conquistados pelos homossexuais, o último trio elétrico a desfilar na Parada Gay vai ter protestos contra Feliciano, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) e o pastor evangélico Silas Malafaia, também conhecidos por declarações homofóbicas.