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Bolsonaro solta fogos em frente a hotel da seleção italiana no Rio para reclamar de barulho

Do UOL, no Rio

10/06/2013 11h55Atualizada em 10/06/2013 13h01

Os jornalistas que aguardavam a chegada da seleção da Itália ao hotel Sheraton, nesta segunda-feira (10), no Rio de Janeiro, foram surpreendidos por um protesto do deputado federal Jair Bolsonaro (PP), que soltou fogos em frente ao hotel de luxo, por volta das 7h, para reclamar reclamar do barulho feito por um gerador de energia.

Bolsonaro mora em um imóvel vizinho ao hotel, na Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade, e estava sem dormir em função do transtorno, de acordo com informações de sua assessoria.

O protesto assustou funcionários e hóspedes, de acordo com a assessoria do Sheraton, mas o impasse foi solucionado depois de uma conversa com a gerência do hotel. Ao parlamentar foi feita a promessa de que o gerador de energia seria desligado nas próximas horas.

Cerca de meia hora depois, os jogadores da seleção italiana chegaram ao Sheraton, onde ficarão concentrados para o amistoso contra o Haiti, nesta terça-feira (11), em São Januário. Bolsonaro já havia deixado o local.

A Itália integra o Grupo A da Copa das Confederações, que será realizada a partir de sábado (15) no Brasil, e irá estrear no próximo domingo (16), contra o México, às 16 horas, no Maracanã. Em seguida, a Itália pegará o Japão, no dia 19, em Recife, antes de fechar a primeira fase contra o Brasil, no dia 22, em Salvador.

Pesca em área de preservação ambiental

Bolsonaro entrou com um mandado de segurança na Justiça Federal, em janeiro deste ano, pedindo autorização para pescar na Esec (Estação Ecológica de Tamoios), unidade de conservação federal de proteção integral, em Angra dos Reis, sul fluminense. O parlamentar já teve uma liminar negada em primeira instância.

Em janeiro do ano passado, o parlamentar foi multado por fiscais do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), em R$ 10 mil, por pescar ilegalmente no local. Ele diz que a autuação tem "motivação política".

A Procuradoria Geral da República, em Brasília, avalia se Bolsonaro praticou crime ambiental.

Em parecer do MPF (Ministério Público Federal), o procurador da República Maurício Manso afirmou que a localidade está sob regras do Ministério do Meio Ambiente e não do Ministério da Pesca. Manso disse ainda que Bolsonaro não pediu a anulação da multa do Ibama, o que indicaria que ele sabia que fazia algo proibido.