"Não quero ser a exceção", diz cadeirante após PM bloquear manifestação no Rio
A servidora pública Tifany Fiks, que participava do protesto que seguia em direção ao Palácio Guanabara, nesta quarta-feira (14), em Laranjeiras, na zona sul do Rio de Janeiro, afirmou ter se solidarizado com os demais manifestantes depois que a Polícia Militar bloqueou todos os acessos à residência oficial do governo do Estado.
Cadeirante, ela poderia ter passado por um cordão de isolamento feito pela PM na esquina entre as ruas Paissandu e Pinheiro Machado. No entanto, desistiu depois que um policial argumentou que "abriria uma exceção" para ela.
"Ele abriria uma exceção para mim. Mas eu não quero a exceção. As leis já me tratam diferente dos normais e dos deficientes pelo fato de eu ter uma doença degenerativa”, disse. “Eu quero igualdade e uma rua decente. Eu não quero Copa do Mundo. Não vou comer concreto no Maracanã."
"Eu quero passar numa rua. Eu não sou carro. Eu tenho que andar pelo meio da rua por que na calçada não tem como", afirmou.
Tifany se juntou então ao grupo de manifestantes, que optou por regressar à praça São Salvador, ponto de concentração do ato. Outro grupo contornou o quarteirão e seguiu em direção à rua Pinheiro Machado, na altura da rua Coelho Neto. Cerca de meia hora depois, PM e manifestantes iniciaram um violento confronto.
A Tropa de Choque foi acionada e conseguiu dispersão a multidão com balas de borracha, bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo, além de armas de choque e outros equipamentos.
Na fuga, manifestantes depredaram a rua das Laranjeiras: agências bancárias, lojas, estabelecimento comerciais e pontos de ônibus, entre outros, foram danificados.
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