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Corpo de Bombeiros diz que há 8 mortos em desabamento em SP

Do UOL, em São Paulo

27/08/2013 09h09Atualizada em 28/08/2013 00h25

Um prédio de dois pavimentos desabou às 8h35 desta terça-feira (27) em São Mateus, na zona leste de São Paulo, e deixou ao menos oito mortos e 26 feridos, segundo o Corpo de Bombeiros. A oitava vítima foi encontrada por volta das 23h e seu corpo foi retirado por volta da 1h20. Duas pessoas ainda estão soterradas, segundo os bombeiros.

 

Vídeo registra exato momento de desabamento em São Paulo

Segundo o capitão Marcos Palumbo, porta-voz do Corpo de Bombeiros, dos sete mortos contabilizados pela corporação logo pela manhã e durante a tarde, todos já foram resgatados.  Ele afirmou que, durante esta noite, cães farejadores vão tentar ajudar a encontrar outras vítimas.

"Com o passar do tempo, a gente verifica que se a vítima estiver com uma grave lesão o tempo será um grande vilão. Trabalhamos em uma corporação que a gente não pode desistir. A motivação que temos é que a gente localize pessoas com vida. Por que não?", disse Palumbo.

Palumbo também informou que os feridos estão sendo atendidos em três hospitais da capital paulista: São Mateus, Sapobemba e das Clínicas. 

Construção que desabou fica na zona leste de SP

Segundo uma mulher que se identificou como Mari, que mora e tem um comércio ao lado do local que desabou --o imóvel dela foi interditado pela Defesa Civil--, houve um estrondo antes que o prédio viesse ao chão. 

"Foi um susto. Saí correndo de casa e vi uma nuvem de fumaça e muita gente correndo", afirmou.

Ela disse estranhou a obra quando ela começou a ser feita. "Sabia que era um posto e não havia pilares", afirmou a mulher, que ainda não sabe quando poderá retornar ao seu imóvel.

Ainda conforme Palumbo, os trabalhos de resgate podem entrar o período noturno, caso seja necessário, uma vez que há equipamentos para isso. 

 

O desabamento

O prédio que desabou por completo, do tipo comercial, estava em construção na avenida Mateo Bei, na altura do número 2.300. Ao menos 20 veículos dos bombeiros e 60 homens estão no local, além de dois cães farejadores e dois helicópteros da Polícia Militar.

Um posto médico avançado foi montado no local para atender as vítimas que forem localizadas e resgatadas. As causas do desabamento serão investigadas pela perícia. "Mas há indícios de que alguma coisa não andou bem durante essa obra", disse Palumbro, referindo-se às informações preliminares, coletadas no local, de que o prédio estava em obras havia cerca de três meses.

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Defesa Civil vistoria imóveis vizinhos

Equipes da Defesa Civil municipal também estão no local para vistoriar casas e estabelecimentos que tenham sofrido eventual impacto com o desabamento. Quatro casas vizinhas foram interditadas diante de risco de novas quedas.

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Empresa se exime de responsabilidade sobre desabamento

Segundo a Polícia Militar, no local do desabamento já funcionou um posto de combustíveis, mas, atualmente, era construída uma loja de confecções. No local, as informações de manhã eram as de que o estabelecimento pertencia à rede Torra Torra.

Em nota, a assessoria de imprensa da rede informou que o imóvel não era de propriedade da rede.

"Havia um contrato de locação do prédio pelo Torra Torra, no entanto a rede somente assumiria finalizadas as obras estruturais, pelo proprietário. Dessa forma, o Magazine Torra Torra não tem nenhuma responsabilidade sobre a parte de engenharia civil. No momento, uma empresa de engenharia contratada pelo Magazine Torra Torra realizava uma avaliação sobre as condições de uso do prédio", diz trecho da nota.

"Caso esse laudo técnico fosse positivo, atestando a segurança estrutural, a rede então faria o acabamento para abrigar mais uma unidade. Ressalte-se que o Torra Torra somente entraria com a loja no local, com esse aval técnico. Este é um cuidado que o Magazine Torra Torra toma em todas as lojas da rede, devidamente avaliadas quanto à segurança estrutural, de acordo com engenheiros, para receber nossos empreendimentos", completa a nota.

A empresa, que foi acusada pelo advogado do proprietário do terreno de ter mudou o projeto do prédio, negou ter feito qualquer intervenção na estrutura do imóvel. "Tanto o Magazine Torra Torra quanto a Salvatta Engenharia [contratada para avaliar as condições de uso e segurança do prédio] consideram-se também vítimas da irresponsabilidade dos proprietários", concluiu. 

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