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Funcionários dos Correios de 6 Estados param hoje; empresa diz que vai garantir serviços

Do UOL, em São Paulo

12/09/2013 08h27Atualizada em 12/09/2013 14h13

Funcionários dos Correios de seis Estados decidiram cruzar os braços nesta quinta-feira (12), após assembleias realizadas na noite de quarta-feira (11) aprovarem greve por tempo indeterminado. De acordo com o Sintect SP (Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios e Similares de São Paulo), os serviços devem ser interrompidos no Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Tocantins, Rio Grande do Norte, Rondônia. Inicialmente o sindicato informou que oito Estados foram atingidos pela greve, mas o número foi corrigido depois.

Já a  empresa afirmou que vai adotar “uma série de ações preventivas para garantir a prestação de serviços à população”, o que inclui “a realização de horas extras, mutirões para entrega nos fins de semana, deslocamento de empregados entre as unidades e contratações temporárias.”

Relembre a greve de 2012

Em setembro de 2012, a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares) declarou greve.

A proposta inicial do sindicato era de 43,7% de reajuste salarial, aumento linear de R$ 200, tíquete-alimentação de R$ 35 e a contratação de 30 mil trabalhadores, entre outras reivindicações.

Alguns sindicatos chegaram a romper com a Fentect e negociaram diretamente com a empresa. A paralisação durou seis dias, e foi encerrada após o TST determinar o fim da greve.

De acordo com Edilson Pereira, diretor do Sintect SP, outros Estados realizarão assembleias hoje e podem aderir à paralisação. Segundo ele, ainda não foi marcada nova reunião entre os sindicatos e os Correios para discutir as reivindicações --o último encontro foi dia 10.

A categoria quer a reposição da inflação, o reajuste do piso salarial em 10%, aumento real de 6%, vale-alimentação de R$ 35 e vale cesta de R$ 342, além de auxílio creche de R$ 500 e auxílio para dependentes de cuidados especiais de no mínimo R$ 850.

Em nota, os Correios informam que foi oferecido um reajuste de 5,27% sobre salários e benefícios. De acordo com a assessoria de imprensa da entidade, atender às reivindicações sindicais custaria R$ 31,4 bilhões para a empresa, o equivalente a “quase o dobro da previsão de receita dos Correios para este ano ou o equivalente a 50 folhas mensais de pagamento”.

Os Correios devem divulgar um balanço do total de agências e centros de distribuição afetados pela greve. O Sintect SP estima que "entre 45% e 50% dos funcionários aderiram à paralisação no primeiro dia da greve" na região da capital, Grande São Paulo e Sorocaba. 

Passeata na Paulista

O Sintect SP anunciou que vai realizar uma passeata para dar visibilidade à greve, com concentração às 14h no vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo), na avenida Paulista, região central da capital.

A manifestação vai se dirigir até a agência central dos Correios, na praça Ramos  de Azevedo, também no centro.

Ressarcimento

O Procon de São Paulo divulgou nota hoje afirmando que o consumidor lesado pela greve tem direito a ressarcimento ou abatimento do valor pago na postagem, caso haja atraso no recebimento de correspondências.

 

149 Comentários

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Luiz Fernando Motta

Os correios de um bom tempo pra cá são uma vergonha,há poucos dias atrás vimos na internet flagrante de como funcionários tratam nossas mercadorias, ainda querem reinvindicar algo? Os mesmos tem que procurar outras formas para entregar os produtos do cliente: seja através de uma transportadora o que não pode é o consumidor arcar com atrasos, o correios tem prazos a serem cumpridos, e caso os mesmos não sejam cumpridos o consumidor tem que acionar o Juizado Especial Cível: CDC-artigo 22:Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos. Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, total ou parcial, das obrigações referidas neste artigo, serão as pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar os danos causados, na forma prevista neste código.

Belchior Donald

Com este tipo de comentário contra os funcionários dos correios dá pra entender porquê o Brasil está nesta situação de atraso. É muito fácil criticar os que trabalham simplesmente porquê querem ganhar um salário correspondente a atividade que exercem. Interessante é que trabalhadores que ganham R$ 1004,00 por mês já foram chamados até de marajás, só no Brazilis mesmo!!! falou tudo so que tal na pele dele pra saber o que e ser carteiros e corre de bandido e ganha uma droga de salario povo so reclama de 20 centavos um negocio que povo ele so fala droga como e duro ser brasileiros teu vergonha voo rir pra não chora ...


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