Bolsonaro diz que empurrou senador, mas nega agressão: "Se dou um soco nele, desmonto"
O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) afirmou nesta segunda-feira (23) que admite ter "empurrado por baixo" o senador amapaense Randolfe Rodrigues (PSOL), nesta manhã, durante a entrada da comitiva da Comissão da Verdade no 1º Batalhão de Polícia do Exército --onde funcionava o DOI-Codi--, na Tijuca, na zona norte do Rio de Janeiro.
No entanto, o parlamentar fluminense negou que o princípio de desentendimento pudesse ser interpretado como agressão física. "Eu empurrei ele por baixo, sim. Empurrei ele por baixo. Se eu dou um soco nele, eu o desmonto. Boto ele no chão para dormir 3 dias. Agressão não houve", disse.
Já Rodrigues afirmou, ao fim dos trabalhos da Comissão da Verdade, que a intenção de Bolsonaro era "impedir que a visita [ao DOI-Codi] se concretizasse".
"O Bolsonaro tentou tumultar. (...) Mais uma vez, o Bolsonaro fracassou. Ele nos agrediu e tentou tumultar a visita o tempo todo. (...) Obviamente, vocês viram. Não preciso relatar com mais detalhes o que aconteceu. Ele claramente nos agrediu na entrada. Covardemente", declarou.
Questionado se registraria boletim de ocorrência por agressão, Rodrigues disse que "não daria a Bolsonaro o que ele quer":
"Ele quer isso. Ele quer protagonismo. Nós não vamos dar esse protagonismo a ele. A visita foi feita".
No momento da confusão, o senador do PSOL e o também amapaense João Capiberibe (PSB), que preside a Comissão da Verdade no Senado, tentavam impedir a entrada de Bolsonaro no batalhão do Exército.
Houve uma discussão acalorada, com troca de insultos e empurrões. Ao fim do tumulto, ambos conseguiram entrar no batalhão, porém o deputado federal teve autorização para acompanhar a visita ao antigo prédio do DOI-Codi.
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