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Moradores da Maré se divertem com cavalos da PM após ocupação

Com o auxílio de policiais militares treinados, crianças, adultos e até idosos andaram a cavalo pela praça - Divulgação/Secretaria de Estado de Segurança do Rio de Janeiro
Com o auxílio de policiais militares treinados, crianças, adultos e até idosos andaram a cavalo pela praça Imagem: Divulgação/Secretaria de Estado de Segurança do Rio de Janeiro

Hanrrikson de Andrade e Taís Vilela

Do UOL, no Rio

30/03/2014 10h20Atualizada em 30/03/2014 10h40

As bandeiras do Brasil e do Estado do Rio de Janeiro foram hasteadas na manhã deste domingo (30) em uma praça situada na divisa entre as comunidades do Timbau e da Vila do Pinheiro, no Complexo da Maré, na zona norte da capital fluminense, ocupadas durante a madrugada pelas forças de segurança.

Antes da cerimônia, o Regime de Cavalaria Montada da PM organizou uma atividade visando à integração entre policiais e moradores. Com o auxílio de policiais militares treinados, crianças, adultos e até idosos puderam andar a cavalo pela praça. Uma mulher chegou a colocar a boina da Tropa de Choque.

O hasteamento das bandeiras simboliza a ocupação policial no Complexo da Maré. Segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública, a ação levou 15 minutos e não houve resistência por parte dos traficantes de drogas.

De acordo com a PM, o trabalho de aproximação com a comunidade é fundamental no sentido de facilitar o processo de instalação de UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora). "Quem dera se eles [policiais] fossem assim sempre", disse Valéria Rodrigues, 22, mãe do jovem Lucas, 11. Tímido, o menino afirmou apenas que a experiência de cavalgar havia sido "muito boa".

Após participar da cerimônia de hasteamento das bandeiras do Brasil e do Estado do Rio de Janeiro, o comandante do Batalhão de Choque, tenente-coronel André Vidal, afirmou que as forças policiais foram recebidas "com palmas e sorrisos" pelos moradores. "É só olhar em volta e ver a alegria das pessoas. São 120 mil pessoas que estão recebendo a sua segurança de volta. Espero que isso seja mantido", disse.

Segundo Vidal, as pessoas que moram nas 15 comunidades do Complexo da Maré "não precisam ter medo" da polícia, pois a missão recebida pelas tropas, afirmou o oficial, seria buscar um contato pacífico com a população local. "A gente veio para ficar. Só vamos sair daqui com a chegada do Exército", declarou.