Polícia fecha lava a jato que usava água furtada na zona norte do Rio

Policiais civis do Rio de Janeiro e técnicos de segurança empresarial da Cedae (Companhia de Águas e Esgotos) fecharam nesta quarta-feira (4) um lava a jato abastecido por água furtada de uma ligação clandestina em Cachambi, zona norte da cidade.

A ação fez  parte da Operação Água Legal, parceria anunciada esta semana pelos dois órgãos, que planejam diversas fiscalizações para combater captação ilegal de água no Estado. De acordo com a Polícia Civil, o lava a jato funcionava em terreno sem matrícula na Cedae. O responsável foi encaminhado à Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados. Novas vistorias estão marcadas para esta semana.

A Operação Água Legal tem por objetivo coibir as ligações clandestinas de água, ou "gatos", como são popularmente conhecidas. Conforme dados da Cedae, mensalmente há uma perda de 30,8% no volume de água, a maior parte causada pelos "gatos" (20%).

As fiscalizações ocorrerão em dias e horários alternados e não serão previamente divulgadas, para evitar prejuízos no resultado final. Elas contarão com a participação de todas as delegacias especializadas.

Presidente da Cedae, Jorge Briard esclareceu que este é o primeiro planejamento de ações integradas com apoio da Polícia Civil. O trabalho será executado até o fim de abril, com possibilidade de se estender, caso haja necessidade.

As operações fazem parte da política da companhia para evitar o desperdício. Elas foram intensificadas por causa da crise hídrica que ainge o estado e inclui campanhas contra o desperdício e estímulo ao uso racional de água.

O Artigo 155 do Código Penal tipifica ligações clandestinas de água como crime de furto, com pena de um a quatro anos de reclusão. As denúncias podem ser feitas pelo site da Cedae ou no telefone 0800-282-1195.