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Após fecharem ponte Rio-Niterói, operários protestam em frente à Petrobras

Manifestação de operários do Comperj interditou Ponte Rio-Niterói - Alessandro Costa/Agência O Dia/Estadão Conteúdo
Manifestação de operários do Comperj interditou Ponte Rio-Niterói Imagem: Alessandro Costa/Agência O Dia/Estadão Conteúdo

Do UOL, no Rio

10/02/2015 13h07

Após seguir caminhado do vão central da Ponte Rio-Niterói (RJ), interrompendo o trânsito da via por mais de duas horas, um grupo de cerca de 200 operários do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio), refinaria da Petrobras em construção em Itaboraí, na região metropolitana do Estado, chegou ao prédio da empresa, localizado na Avenida Chile, no centro do Rio. 

Os manifestantes pedem o pagamento de salários atrasados há três meses, benefícios como férias, décimo terceiro, FGTS; tíquete-alimentação e seguro-saúde. Desde o início do ano, operários protestam contra demissões e atrasos de salários de empresas fornecedoras da Petrobras. 

Por volta das 11h30 desta terça-feira (10) cinco ônibus lotados de trabalhadores estacionaram no acostamento da ponte e tomaram o vão central. Eles seguiram caminhando em passeata pela ponte, no sentido Rio de Janeiro, passando pela Avenida Brasil, Avenida Presidente Vargas e Avenida Passos até chegar ao prédio da Petrobras. 

As duas pistas da ponte foram bloqueadas pela Polícia Federal  a fim de evitar incidentes. A ponte foi liberada por volta das 13h50, causando quilômetros de engarrafamento no Rio de Janeiro e em Niterói.

O protesto foi organizado pelo Sintramon (Sindicato dos Trabalhadores Empregados nas Empresas de Manutenção e Montagem Industrial do Município de Itaboraí). Nesta terça-feira o sindicato convocou uma reunião em Itaboraí com os trabalhadores da Alumini Engenharia, empresa que participa da construção do Comperj. A previsão era de que os trabalhadores seguissem de ônibus até o prédio da Petrobras, mas, segundo o sindicato, durante o percurso um grupo de operário decidiu descer na ponte.

A Alumini passa por momento de dificuldades financeiras. Desde novembro, a empresa já demitiu 500 pessoas da obra do Comperj, que não receberam todos seus encargos trabalhistas. Outros 2.500 empregados estão com salários referentes a dezembro atrasados. Segundo o sindicato, além dos operários da Alumini centenas de funcionários de empresas contratadas pela Petrobras para construir o complexo foram desligadas nos últimos meses.(com Agência Brasil)