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Lago visitado por turistas em Goiás vira ponto de ataques de piranhas

1.jun.2015 - Lago Corumbá, em Caldas Novas (GO), que foi local de 30 ataques de piranhas nos últimos dois anos - Fábio Rodrigues/Divulgação
1.jun.2015 - Lago Corumbá, em Caldas Novas (GO), que foi local de 30 ataques de piranhas nos últimos dois anos Imagem: Fábio Rodrigues/Divulgação

Jéssica Nascimento

Do UOL, em Brasília

01/06/2015 19h47Atualizada em 01/06/2015 20h07

Visitado por muitos turistas, o lago Corumbá, localizado em Caldas Novas (GO), se destaca não apenas pela beleza, mas também pelos ataques constantes de piranhas. Neste domingo (31), Kairo Eduardo Leite, 21, foi mordido em um dos dedos do pé pelo animal e encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento da cidade. Ele passa bem.

De acordo com o Corpo de Bombeiros de Goiás, 30 ataques de piranhas foram registrados nos últimos dois anos. "O lago é o habitat natural delas, com certeza os locais dos ataques muitas vezes coincidem com locais comuns de pesca e com possíveis pontos de ceva", disse o bombeiro Cipriano de Melo.

O lago Corumbá foi formado há 30 anos e é propriedade da Usina Hidrelétrica de Furnas. A empresa e a Prefeitura de Caldas Novas instalaram placas alertando banhistas para a existência de piranhas no entorno do reservatório da Usina Hidrelétrica de Corumbá, principalmente na localidade conhecida como "Cavalo de Fogo".

"Os estudos conduzidos por Furnas e iniciados em janeiro deste ano, após emissão de licença pela Semarh (Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Estado de Goiás) visam confirmar as espécies que ocorrem no local e identificar seus principais hábitos biológicos e ecológicos, buscando relacioná-los aos ataques a banhistas. Até esta data foram realizadas três campanhas de monitoramento e os resultados preliminares permitem inferir que as piranhas estão utilizando a área litorânea para reprodução, o que justifica a agressividade", informou a assessoria de Furnas.

Segundo Cipriano, a orientação do Corpo de Bombeiros da região é evitar o banho e utilizar embarcações para usufruir do lago. "A recomendação que estamos passando para a população é evitar entrar no lago respeitando as placas de advertências colocadas pela Prefeitura de Caldas Novas, principalmente no período da Piracema, quando se reproduzem".

Ainda não foi registrado nenhum caso grave no local. Segundo o Corpo de Bombeiros, o motivo é que todos os ataques ocorreram de forma unitária. Em 2014, um servidor público de 44 anos perdeu metade de um dedo ao ser mordido por um peixe enquanto nadava no reservatório de água.