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Após morte de Playboy, comércio fecha e 6.500 alunos ficam sem aula no Rio

A escola municipal Prefeito Marcos Tamoyo, em Costa Barros, na zona norte, amanheceu fechada - Fabiano Rocha / Extra / Agência O Globo
A escola municipal Prefeito Marcos Tamoyo, em Costa Barros, na zona norte, amanheceu fechada Imagem: Fabiano Rocha / Extra / Agência O Globo

Do UOL, no Rio

10/08/2015 12h14

No primeiro dia útil após a morte do traficante Celso Pinheiro Pimenta, 33, baleado no sábado (8) em uma operação policial, parte do comércio não abriu em Costa Barros, na zona norte do Rio de Janeiro, e quase 6.500 alunos ficaram sem aula na região na manhã desta segunda-feira (10).

A Secretaria de Estado de Educação informou que, por conta da falta de segurança, as atividades foram suspensas no Colégio Jornalista Rodolfo Fernandes, na Pavuna, que tem 400 estudantes, e no Ciep 173 - Rainha Nizinga Angola, em Acari, com 338 alunos.

Já a Secretaria Municipal de Educação informou que, "de acordo com a 6ª Coordenadoria Regional de Educação, nove escolas, três creches e cinco Espaços de Desenvolvimento Infantil (EDIs) estão sem atendimento na região de Costa Barros". São 5.759 alunos sem aula.

Segundo a polícia, houve reforço na segurança por parte da Polícia Militar. Cerca de 400 homens ocupam pontos estratégicos da região e realizam uma varredura em busca de armas e drogas. Os acessos ao morro da Pedreira são monitorados por PMs do Bope (Batalhão de Operações Especiais), a divisão de elite da corporação. O clima é tenso nas ruas do bairro.

Na comunidade do Juramento, vizinha ao morro da Pedreira, houve confronto armado entre PMs e traficantes logo pela manhã. Um dos suspeitos, ainda não identificado, morreu baleado. Ninguém foi preso.

UPP

Na manhã desta segunda, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) afirmou que a Pedreira vai receber uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), conforme já havia sido anunciado pelo secretário de Estado de Segurança Pública, José Mariano Beltrame. Pezão disse que a pacificação é um "destino natural" da região.

"Nós vamos ter novidades aí e isso eu deixo com Beltrame, com o Pinheiro Neto (comandante-geral da PM) e Fernando Veloso (chefe da Polícia Civil). Mas isso é um destino natural daquela região e da Baixada", afirmou, ressaltando que a região será alvo de "uma série de ações de inteligência" da secretaria.

Playboy foi morto no sábado no morro da Pedreira, em Costa Barros, na zona norte, em operação conjunta da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal e do serviço de inteligência da Polícia Militar. Ele tinha 33 anos e era um dos criminosos mais procurados do país. Contra ele, havia mandados de prisão cujas penas somavam mais de 15 anos. (Com Estadão Conteúdo)