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Após morte de PM, 12 são assassinados em Fortaleza durante a madrugada

Carlos Madeiro

Colaboração para o UOL, em Maceió

12/11/2015 12h52Atualizada em 12/11/2015 14h08

Pelo menos 12 pessoas foram assassinadas na madrugada desta quinta-feira (12) numa região conhecida como Grande Messejana, que é formada por um conjunto de três bairros de Fortaleza. As mortes ocorreram três horas após a morte no local de um PM.

Segundo registro da Polícia Militar, as 12 mortes foram registradas entre a meia-noite e as 6h desta quinta. O número é muito superior à média de mortes na região, apesar da PM não informar média diária de mortos. O policiamento na região foi reforçado, e até o momento ninguém foi preso.

O soldado Charles Serpa, do programa Ronda Quarteirão, foi morto por volta das 21 horas, após reagir à tentativa de assalto à mulher dele. O crime foi no bairro Lagoa Redonda.

Apesar de uma suposta vingança pela morte do policial ser uma das principais linhas de investigação, a polícia diz que trata os casos como crimes isolados.

"Foram mortes em locais diferentes, com características diferentes. Por ora são tratadas como casos individuais. Nenhuma linha de investigação pode ser descartada, mas não vamos fazer juízo de valor a respeito de que essas mortes teriam relação. Tudo está sendo investigado", disse o tenente-coronel Andrade Mendonça, chefe da Comunicação da PM cearense.

Segundo o oficial, todas as mortes foram praticadas por arma de fogo. "Estamos com o policiamento reforçado na região desde a morte do policial e estamos buscando suspeitos desses homicídios todos para ajudar no esclarecimento", informou.

Outras linhas de investigação

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social diz que a polícia trabalha com outras linhas de investigação, além da vingança pela morte do policial.

Uma das principais seria a prisão, na última terça-feira (10), de Carlos Alexandre Alberto da Silva, 38. Ele tinha três mandados de prisão e antecedentes criminais por tráfico de drogas, porte e posse ilegal de arma de fogo, ameaça, homicídios e tentativa de homicídio. "O preso teria ordenado a morte dos seus delatores", informou a pasta.

Outra linha de investigação seria uma retaliação pela morte do acusado de tráfico Lindemberg Vieira Dias, morto nessa quarta-feira (11), um dia após deixar o sistema penitenciário.