Mulheres espalham cartazes contra candidatura de Pedro Paulo no Rio
Um grupo de mulheres no Rio de Janeiro aproveitou a madrugada do dia 8 de março para fazer um protesto contra a candidatura do secretário-executivo de Coordenação de Governo, Pedro Paulo (PMDB-RJ), à prefeitura da cidade.
Diversos bairros da cidade amanheceram com cartazes questionando a candidatura do deputado, suspeito de agredir a ex-mulher Alexandra Marcondes.
Pedro Paulo é pré-candidato à sucessão do prefeito Eduardo Paes (PMDB). Ele também é responsável por algumas das principais obras que acontecem hoje no Rio e já é tratado por Paes como futuro prefeito da cidade.
Foram colados cartazes por diversos bairros da cidade, entre eles Leblon, Gávea, Botafogo, Flamengo e Laranjeiras, na zona sul; Lapa e Santa Teresa, no centro, e na Tijuca, na zona norte, e Vila Valqueire, na zona oeste.
“A cada cinco minutos, uma mulher é agredida violentamente no Brasil. É inaceitável que Pedro Paulo seja candidato à prefeitura da cidade do Rio de Janeiro”, afirma o grupo, batizado de Mulheres contra Pedro Paulo.
De acordo com as responsáveis pela mobilização, outras intervenções devem ocorrer nos próximos meses. “As ações estão só começando. Temos o compromisso de garantir que a violência contra a mulher não tenha vez na Prefeitura do Rio.”
No fim de fevereiro, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux determinou abertura de inquérito contra Pedro Paulo por suspeita de ter agredido sua ex-mulher. O caso está no STF porque Pedro Paulo é deputado federal – ele está licenciado para a secretaria, mas ainda mantém direito a foro privilegiado.
Em depoimento ao Ministério Público, Alexandra confirmou as agressões, mas não repetiu os detalhes de como ocorreu a briga. À Polícia Civil em 2010, data do episódio, ela relatou ter sido alvo de socos, chutes e empurrões. Um laudo do IML (Instituto Médico Legal) apontou que ela quebrou um dente.
Pedro Paulo, por sua vez, descreveu a briga como "uma discussão de casal que fugiu do controle por causa de um caso de traição". Procurado pelo UOL, o secretário não respondeu até a publicação desta reportagem.
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