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Terminais da Grande SP vão cobrar até R$ 1,62 por "tarifa de integração" de passageiros

Ônibus sai do terminal São Mateus, na zona leste de São Paulo - Peter Leone/Futura Press/Estadão Conteúdo
Ônibus sai do terminal São Mateus, na zona leste de São Paulo Imagem: Peter Leone/Futura Press/Estadão Conteúdo

Do UOL*, em São Paulo

05/01/2017 13h22

Cinco terminais da região metropolitana de São Paulo passarão a cobrar uma "tarifa de integração" dos usuários. Ao utilizar os terminais Piraporinha, Diadema, São Mateus, Capão Redondo e Campo Limpo, os passageiros terão que pagar um valor que vai variar entre R$ 1 e R$ 1,62 pela entrada nessas estruturas.

A cobrança foi determinada pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), do governo do Estado, comandado por Geraldo Alckmin (PSDB). Segundo o órgão, a taxa de integração será descontada diretamente do cartão BOM (Bilhete de Ônibus Metropolitano).

Em nota, a empresa afirma que a taxa será cobrada "cumprindo as cláusulas contratuais referentes à execução dos serviços de substituição, conservação, manutenção preventiva e corretiva da rede aérea de alimentação dos trólebus”.

A cobrança passa a valer neste domingo (8) para os terminais Piraporinha e Diadema, que fazem a ligação entre as linhas do sistema municipal e metropolitano com o chamado corredor ABD (exclusivo para ônibus e trólebus). Para o terminal São Mateus, a medida passa a vigorar a partir do dia 15 de janeiro. Nesses três terminais, a tarifa cobrada será de R$ 1.

No terminal do Capão Redondo, será cobrado um valor de R$ 1,12 para quem faz a integração entre o metrô e as linhas de ônibus metropolitano que chegam e saem do local.

Já no terminal do Campo Limpo, a taxa será de R$ 1,12 apenas para quem desembarcar do ônibus e utilizar, em seguida, o metrô. No sentido oposto, a taxa será mais cara: R$ 1,62.

A medida deve afetar, ao todo 127 mil pessoas --segundo a EMTU, 27 mil passageiros utilizam os terminais Piraporinha, Diadema e São Mateus diariamente, enquanto nos terminais do Campo Limpo e Capão redondo o fluxo é de 100 mil pessoas por dia.

Reajuste nas tarifas

Passageiros também terão que pagar mais pela tarifa das 571 linhas de ônibus que atendem a região metropolitana de São Paulo a partir deste domingo (8).

Nos municípios de Juquitiba, São Lourenço da Serra, Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra, Embu, Taboão da Serra, Vargem Grande Paulista e Cotia, atendidos pelo Consórcio Intervias, o reajuste será de 6,65%.

O aumento será de 6,58% nos municípios de Cajamar, Caieiras, Itapevi, Jandira, Carapicuíba, Osasco, Barueri, Santana de Parnaíba, Pirapora do Bom Jesus, Francisco Morato e Franco da Rocha, atendidos pelo Consórcio Anhanguera.

Para os municípios de Guarulhos, Arujá, Mairiporã e Santa Isabel, atendidos pelo Consórcio Internorte, a passagem aumentará 7,18%.

Em Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Poá, Mogi das Cruzes, Guararema, Biritiba Mirim, Salesópolis e Suzano, municípios atendidos pelo Consórcio Unileste, o aumento será de 6,64%.

Já no ABC paulista, o aumento da passagem será de 6,10% para as linhas que atendem os municípios de Diadema, São Caetano do Sul, São Bernardo do Campo, Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

Segundo a EMTU, o valor atual das linhas intermunicipais que atendem os terminais do Capão Redondo e Campo Limpo não sofrerá reajuste.

Empresa alega repasse de custos

Ao justificar os reajustes anunciados nas tarifas de ônibus intermunicipais, o presidente da EMTU, Joaquim Lopes, disse nesta quinta (5) que, diferentemente do que acontece na capital paulista, não há subsídios no transporte público entre as cidades de São Paulo, o que torna necessário repassar custos aos usuários. 

"A receita arrecadada tem que cobrir os custos", afirmou o gestor da empresa responsável pelos sistemas de transporte metropolitano.

Pelo mesmo motivo, será cobrada a tarifa de R$ 1 na integração entre linhas municipais e metropolitanas feita nos terminais Piraporinha, Diadema e São Mateus. 

O objetivo, disse Lopes, é reequilibrar o contrato. Num contrato assinado em 2012, a Metra, concessionária da linha, assumiu obrigações adicionais, como a manutenção da rede aérea de alimentação dos trólebus, e a nova tarifa servirá para transferir esses gastos aos usuários do serviço.

*(Com Estadão Conteúdo)