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Parente é preso suspeito de participar de assassinato de meninas em SP; reconstituição é feita

Meninas encontradas em terreno: Mel à esquerda e Bia à direita - Arquivo pessoal
Meninas encontradas em terreno: Mel à esquerda e Bia à direita Imagem: Arquivo pessoal

Do UOL, em São Paulo

16/11/2017 12h06Atualizada em 16/11/2017 13h40

A Polícia Civil de São Paulo informou nesta quinta-feira (16) que um parente de uma das duas meninas assassinadas em São Miguel Paulista, zona leste de São Paulo, está preso desde o último dia 30 de outubro. Desde o final da manhã de hoje, policiais também realizam a reconstituição do crime. Nele, morreram Beatriz Moreira dos Santos, a Bia, e Adrielly Mel Severo Porto, a Mel, ambas de três anos. Conforme a perícia, elas foram estupradas e mortas por asfixia em um barraco da região, antes de serem escondidas dentro de um furgão roubado.

As meninas haviam sumido no último dia 26 de setembro e tiveram os corpos encontrados dentro de um furgão abandonado próximo às suas casas, em 12 de outubro, Dia das Crianças.

De acordo com a SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo, a partir de informações do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), o parente foi preso no dia 30 de outubro em cumprimento a prisão temporária de 15 dias. "Essa temporária foi prorrogada por mais 15 dias", disse a pasta, em nota. Nem o nome nem o grau de parentesco foram informados pela secretaria.

Segundo reportagem de hoje de manhã da TV Globo, no entanto, o parente é o tio Bia, Thiago Henrique Oliveira Santos, 27. De acordo com a emissora, Santos foi preso depois de a perícia detectar a presença de sêmen dele na camiseta de uma das crianças. A sobrinha morava na mesma casa em que ele vivia com a mulher, o filho e a mãe. Questionada, a SSP não confirmou a prisão do tio.

Antes do tio, a polícia já havia realizado a prisão temporária de outros dois suspeitos pelos crimes: o pintor Everaldo de Jesus Santos, 53, e o motorista Marcelo Pereira de Souza, 37. Apenas Souza confessou participação no crime. Eles chegaram a ser torturados por traficantes da região antes se serem presos, segundo a polícia.

Segundo a TV, Santos alegou que era costume se limpar com as roupas espalhadas na casa. Ele afirmou ainda que, no dia do crime, estava em casa cuidando do filho.