Ocidente pressiona Putin para repatriar corpos e investigar queda de avião
O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, disse neste domingo (20) que sua prioridade é repatriar os restos mortais dos 193 holandeses que estavam no avião da Malaysia Airlines que caiu na Ucrânia, supostamente atingido por um míssil, com 298 pessoas a bordo.
"Atualmente a prioridade é repatriar os corpos à Holanda assim que for possível" e manter a pressão sobre todas as partes, disse Rutte durante uma entrevista coletiva.
O primeiro-ministro holandês se referiu a uma conversa telefônica com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para dizer que é "preciso pressionar todas as partes".
Rutte conversou novamente hoje com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e com o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, que já se mostrou propício a endurecer as sanções contra a Rússia se a atitude de Moscou não mudar.
Merkel exigiu que o presidente russo pressione os separatistas pró-russos para iniciar uma investigação internacional do acidente do avião malaio e iniciar o diálogo com Kiev.
Segundo o governo alemão, Merkel também conversou com o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron; com o presidente francês, François Hollande; os primeiros-ministros da Austrália, Tony Abbott; e da Finlândia, Alexander Stubb; assim como com o presidente ucraniano, Petro Poroshenko.
O eixo de todas estas conversas, segundo a chancelaria alemã, foi a "intolerável situação" que o leste da Ucrânia vive desde a queda do avião e pelo "terrível tratamento" dado às vítimas.
"Todos os interlocutores concordaram com a necessidade de se garantir com urgência o acesso sem limitações à região de uma comissão internacional independente", reforçou o governo alemão.
Vagões com 196 corpos aguardam chegada de analistas
Três vagões frigoríficos com 196 corpos de vítimas do avião malaio aguardam a chegada dos analistas internacionais na estação de trem da cidade ucraniana de Torex. O trem está pronto para partir e aguarda ordens de Donetsk, capital da região.
Os vagões estão fechados e na região não há rastro dos milicianos rebeldes, que também abandonaram hoje, provisoriamente, o marco zero da catástrofe na cidade de Grabovo.
Entre os 196 estão os 38 corpos que os insurgentes pró-russos admitiram ter levado a Donetsk para análise, situação confirmada por um funcionário do necrotério.
Um dos membros da missão da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa), o canadense Michael Bociurkiw, afirmou que não tem informações sobre quando o trem partirá e qual será o destino.
Segundo Bociurkiw, analistas enviados pelo governo da Malásia já estão em Kiev e podem se deslocar em qualquer momento à zona do acidente.
(Com Efe)
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