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Norte-americano mata seis pessoas em vingança contra quem ajudou seu divórcio

Polícia de Scottsdale divulgou foto de Dwight Lamon Jones, suspeito de ter matado seis pessoas antes de se suicidar - Scottsdale Police Department via AP
Polícia de Scottsdale divulgou foto de Dwight Lamon Jones, suspeito de ter matado seis pessoas antes de se suicidar Imagem: Scottsdale Police Department via AP

Do UOL, em São Paulo

06/06/2018 10h39

Um palpite de um detetive aposentado ajudou a polícia a chegar até um homem suspeito de matar seis pessoas na região de Phoenix, no Arizona (EUA). Algumas das vítimas estavam, de alguma forma, ligadas a seu divórcio, segundo as autoridades. O assassino se matou após a chegada da polícia.

Uma investigação que começou no fim da semana passada levou a polícia até um hotel nos arredores de Scottsdale, no Arizona (EUA), onde Dwight Lamon Jones, 56, estava hospedado. Quando os agentes cercaram o local, ouviram tiros e, então, encontraram o corpo do suspeito.

Entre as vítimas de Jones, estão um conhecido psiquiatra forense que testemunhou contra ele em 2010, em seu processo de divórcio, duas assistentes jurídicas que trabalharam no escritório de advocacia que representou a esposa do suspeito, um conselheiro de casamento e divórcio que aparentemente foi confundido com outra pessoa, além de um homem e uma mulher que, até agora, não aparentam ter ligação com o assassino.

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A ex-mulher do suspeito, Connie Jones, contou que seu atual marido, um detetive aposentado da polícia, fez a conexão entre o processo de divórcio e a série de assassinatos e notificou as autoridades na noite de sábado (2).

Connie afirmou por meio de uma nota que seu ex-marido era uma "pessoa muito perturbada emocionalmente".

Acusações de violência doméstica

Jones foi preso, em maio de 2009, na casa de sua família, em Scottsdale, sob a acusação de violência doméstica. Connie contou seu então marido a prensou contra uma parede, a agrediu e ameaçou de matá-la, de acordo com registros da Justiça.

"Pessoalmente, temi pela minha segurança nos últimos nove anos. Não posso expressar as emoções que sinto pelas famílias inocentes afetadas por essa violência sem sentido", disse Connie Jones.

As mortes

Os assassinatos começaram no último dia de maio (31) com a morte do médico Steven Pitt, que, de acordo com registros judiciais, havia avaliado Jones e testemunhou em uma audiência, em 2010, dizendo que o suspeito sofria de ansiedade, distúrbios de humor e sintomas de uma personalidade paranoica.

Pitt afirmou que Jones não aceitava normas sociais e agia impulsiva e agressivamente. Além disso, ele não sentia remorso e não tinha amigos íntimos. O suspeito também exigia atenção excessiva.

O testemunho foi citado no processo de divórcio, em novembro de 2010, que concedeu à esposa de Jones a custódia exclusiva do filho do casal que hoje tem 21 anos de idade.

O psiquiatra de 59 anos era bastante conhecido em sua área de atuação e auxiliou em casos famosos de assassinatos.

As assistentes jurídicas Veleria  Sharp, 48, e Laura Anderson, 49, trabalhavam no escritório de advocacia que representou a esposa de Jones. A polícia acredita que o assassino queria matar a advogada, que não estava presente na sexta-feira (1º) quando Jones invadiu o escritório no centro de Scottsdale.

Sharp foi baleada na cabeça, mas correu para fora do escritório para obter ajuda antes de cair na rua, segundo a polícia. Ela foi declarada morta em um hospital.

O conselheiro Marshall Levine, 72, parece ter sido confundido com outra pessoa que já havia trabalhado no mesmo escritório. O local de trabalho da vítima já havia sido ocupado por um conselheiro que citou o filho de Jones como parte do processo de divórcio. Levine, que assumiu o escritório, não estava envolvido no caso.

Análises das cápsulas encontradas nos locais dos assassinatos confirmaram que as vítimas foram mortas com a mesma arma, segundo a polícia.

Conhecidos dizem que ele vivia em hotéis nos últimos nove anos. A polícia diz não saber por que Jones rastreou pessoas ligadas ao seu divórcio tanto tempo depois que aconteceu. 

Jones também é o principal suspeito de ter assassinado Mary Simmon, 70, e Bryon Thomas, 72, encontrados mortos na manhã de segunda-feira (4). A polícia não forneceu informações sobre uma possível ligação do casal com o assassino. (Com AP)