Quem é Barack Obama? Conheça o democrata
Barack Obama |
44º Presidente dos Estados Unidos |
Profissão: Ex-organizador comunitário, advogado, professor de direito constitucional. Foi senador estadual de Illinois, e senador federal por Illinois |
Idade: 51 |
Residência: Washington, D.C. Anteriormente Chicago, Illinois |
Site de campanha: www.barackobama.com |
Barack Hussein Obama, ex-senador de Illinois e atual presidente dos Estados Unidos, está concorrendo a um segundo mandato nas eleições de novembro de 2012. Seu desafiante republicano é Mitt Romney, ex-investidor privado e governador de Massachusetts.
Filho de um homem negro do Quênia e uma mulher branca do Kansas, Obama é o primeiro afro-americano a ascender ao cargo mais alto do país.
Ele derrotou Hillary Rodham Clinton numa batalha longa e amarga nas primárias antes de derrotar o senador John McCain, republicano do Arizona, nas eleições presidenciais de 2008.
A vitória de Obama aconteceu num momento em que a economia estava quase em queda livre, e seu mandato foi marcado pelo que muitos chamaram de Grande Recessão e pela fraca recuperação que se seguiu. O desemprego permaneceu alto durante o mandato de Obama, e enquanto o presidente afirma que seu pacote de estímulo de US$ 787 bilhões foi responsável por salvar o país de uma completa depressão, ele atribui o lento crescimento do emprego à oposição republicana a mais medidas de estímulo.
O presidente assumiu um tom populista em sua campanha à reeleição, criticando a desigualdade no crescimento da riqueza dos EUA e as políticas republicanas que favorecem um mercado livre desregulado. Ele favorece o investimento na infraestrutura já antiga dos EUA, um novo compromisso com a educação, programas para ajudar a recapacitar os desempregados a longo prazo, descontos nos impostos para pequenas empresas e um compromisso com a rede de seguridade social do país. Em discursos de campanha, Obama colocou a eleição como uma escolha entre um governo que trabalha para promover a igualdade de oportunidades e o que ele chama de “economia do cada um por si” do Partido Republicano.
Na política externa, a campanha de Obama enfatiza seu histórico: que ele acabou com a missão militar no Iraque e colocou em andamento um plano para a retirada das tropas norte-americanas do Afeganistão, enquanto deu continuidade aos esforços para eliminar a Al Qaeda. Ele respondeu aos relatórios de inspetores de armas da ONU de que o Irã estava caminhando na direção de desenvolver um artefato nuclear assinando novas leis que penalizam os compradores de petróleo iraniano e isolando o banco central do país. Em março, Obama desafiou críticos republicanos que argumentaram a favor de um ataque militar contra o Irã para defender o povo norte-americano: “Isso não é um jogo”, disse ele durante uma coletiva de imprensa.
Biografia
Barack Hussein Obama 2 nasceu no Havaí filho de mãe branca do Kansas e de pai negro do Quênia. Formou-se na Universidade de Columbia e na Escola de Direito de Harvard, onde foi eleito presidente da Harvard Law Review --e o primeiro afro-americano a ocupar o cargo. Casou-se com Michelle Robinson, uma colega da faculdade de Direito em Harvard; o casal tem duas filhas.
Obama trabalhou como organizador comunitário, advogado e professor de direito constitucional antes de ser eleito para o Senado Estadual de Illinois, em 1996. Conquistou a atenção nacional depois de fazer o discurso de abertura da Convenção Nacional Democrata de 2004, e foi eleito para o Senado norte-americano mais tarde naquele mesmo ano. Ele usou sua popularidade entre os eleitores jovens para construir uma campanha de base e derrubar a antiga favorita Hillary Clinton nas primárias presidenciais democratas em 2008. Sua candidatura enfatizou a necessidade de mudança e cooperação bipartidária.
Obama herdou uma economia em rápida contração que estava cortando uma média de 800 mil empregos por mês. Ele aprovou um pacote de estímulo de US$ 787 bilhões que incluiu uma alta proporção de cortes de impostos numa tentativa de conquistar o apoio republicano, mas só atraiu três votos republicanos. Obama enfrentou uma dura obstrução dos republicanos durante todo o seu mandato, inclusive oposição a leis de rotina e nomeações, bem como um uso sem precedentes da obstrução no Senado, necessitando efetivamente de uma super maioria para aprovar qualquer lei pela Câmara Alta.
Inicialmente eleito com grandes maiorias em ambas as casas do Congresso, Obama conseguiu fazer passar com dificuldade leis nacionais importantes pelas rígidas linhas partidárias, inclusive a reforma da saúde e financeira. Em resposta ao lento crescimento econômico, os democratas perderam a Câmara dos Representantes nas eleições de meio de mandato em 2010, e os anos subsequentes foram marcados por uma intensa obstrução política.
Avaliando as chances de Obama
Pontos fortes
Obama não enfrentou oposição para a nomeação pelos democratas. Durante a longa temporada de primárias republicanas, ele pode levantar fundos e construir uma organização de campanha.
A maior parte das pesquisas de opinião revela que Obama é mais popular do que Romney, que é visto como alguém fora da realidade do eleitor comum.
Obama é considerado forte na segurança nacional, que costumava ser uma área problemática para os candidatos democratas. Obama aprovou a operação na qual Osama Bin Laden foi morto e estava no comando durante os assassinatos de uma grande parte da liderança sênior da Al Qaeda. Ele negociou um tratado de desarmamento nuclear com a Rússia, e em geral acredita-se que ele melhorou a imagem do país no exterior.
Obama é popular com os hispânicos, que representam um segmento da população de rápido crescimento, especialmente em Estados oscilantes essenciais para a definição da disputa. Em junho, ele assinou uma ordem executiva interrompendo as deportações e fornecendo documentos trabalhistas para certos imigrantes ilegais jovens, o que foi em grande parte visto como uma iniciativa para aumentar seu apoio entre os hispânicos.
Desafios
Obama enfrenta uma disputa altamente competitiva para a reeleição. O panorama econômico do país está consideravelmente mais problemático do que durante sua primeira campanha para a Casa Branca, mas uma de suas maiores vantagens é que ele tem vários caminhos para a vitória em Estados cruciais. É improvável que ele repita sua margem de votos de 2008, quando ficou com 365 votos eleitorais. Mas ele só precisa de 270 para conquistar um segundo mandato, o que permite que ele perca um punhado de Estados que tinha há quatro anos e ainda assim sair vitorioso.
As taxas de desaprovação do presidente, junto com o grande número de norte-americanos que diz que o país está no caminho errado, causaram um alarme sério quanto às perspectivas de Obama. O argumento central do presidente pela reeleição está construído sobre a justiça e rejeitando a afirmação de que ele não está apto ao cargo e não será capaz de melhorar as circunstâncias econômicas num segundo mandato.
Observadores temem que a campanha de Obama não tenha o mesmo entusiasmo de sua candidatura em 2008, pelo desapontamento dos militantes com as conquistas políticas do presidente e a condescendência dos principais doadores democratas, que inicialmente consideraram que a reeleição de Obama era certeira.
Apesar da vantagem inicial do presidente, a campanha de Romney começou a ultrapassar Obama na angariação de fundos. Além disso, a decisão Cidadãos Unidos do Supremo Tribunal em 2010 permitiu a criação dos “Super PACs”, ou comitês de ação política que podem levantar fundos e gastar quantias ilimitadas de dinheiro. Essas organizações estão desproporcionalmente concentradas em torno da direita. Vários bilionários republicanos prometeram grandes somas de dinheiro, canalizados pelos Super PACs, para derrotar Obama.
(Texto publicado originalmente pelo "The New York Times" no dia 24 de agosto)
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