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Farmacêutico deve promover uso racional de medicamento

Especial para o UOL

20/01/2015 07h56

No dia do Farmacêutico, comemorado em 20 de janeiro, o Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP) resolveu discutir o cuidado ao paciente. No mundo contemporâneo a assistência à saúde passa por inúmeras mudanças decorrentes das novas demandas por serviços, somadas a inovações tecnológicas que facilitam o acesso ao conhecimento. Esses fatores alteram a relação dos profissionais de saúde com seus pacientes. E na profissão farmacêutica isso também é uma realidade.

Alterações recentes na legislação criaram condições legais e objetivas que possibilitam que a sociedade possa melhor usufruir do conhecimento técnico-científico do farmacêutico.

Novas normas reconheceram algumas atribuições ao profissional, como por exemplo: acompanhamento e avaliação da eficácia do tratamento medicamentoso; participação no planejamento e na avaliação da terapia, prevenindo, identificando e intervindo nas questões relacionadas aos medicamentos; prescrição de medicamentos e promoção da educação em saúde.

O ápice regulatório ocorreu em 2014 com a publicação da Lei Federal nº 13.021, que transformou a farmácia em um estabelecimento prestador de serviços e cuidados ao paciente, permitindo que a população brasileira possa contar com um serviço que leve em consideração primeiramente a saúde, no qual o farmacêutico exerce papel central desenvolvendo plenamente suas atividades.

E uma das formas de cuidado é a promoção do uso racional de medicamento, questão amplamente tratada na nova lei. No entanto, é preciso esclarecer que nós, brasileiros, temos por hábito acreditar que o tratamento medicamentoso pode resolver todos os nossos problemas de saúde. Diversas vezes, ao chegar à farmácia, sempre apressados, não temos paciência para conversar com o farmacêutico, nem mesmo para tirar nossas dúvidas. Porém, a cultura da pílula mágica, que resolverá todos os problemas, se torna nefasta em muitos casos.

É por esse motivo que o CRF-SP defende não apenas a presença do farmacêutico nas farmácias e drogarias, durante todo o expediente do estabelecimento, mas principalmente uma atuação mais incisiva por parte desse profissional, que, dentro do sistema de saúde, é o que mais entende sobre a ação dos medicamentos dentro do organismo.

Por isso, nesse dia 20, tão caro a nós, profissionais da área, reafirmo à população: de receita na mão ou não, fale sempre com o farmacêutico.

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