Topo

Lula volta a dizer que tem "muito o que falar" após final do julgamento do mensalão

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega à conferência Democracia, Igualdade e Direitos Civis, acompanhado pelo presidente da Guiné, Alpha Condé (esquerda), e pelo reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares José Vicente (direita) - Juca Varella/Folhapress
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega à conferência Democracia, Igualdade e Direitos Civis, acompanhado pelo presidente da Guiné, Alpha Condé (esquerda), e pelo reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares José Vicente (direita) Imagem: Juca Varella/Folhapress

Guilherme Balza

Do UOL, em São Paulo

18/11/2013 15h23Atualizada em 18/11/2013 21h45

Em evento nesta segunda-feira (18), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva evitou comentar as recentes prisões de ex-dirigentes do PT e voltou a afirmar que se pronunciará apenas após o chamado trânsito em julgado do mensalão, ou seja, quando não couberem mais recursos ao STF (Supremo Tribunal Federal).

"Eu não faço julgamento das decisões da Suprema Corte. Eu acho que o PT soltou uma nota que condiz com a realidade do momento. Temos os embargos infringentes para serem votados. Vamos aguardar para ver o que vai acontecer", afirmou.

"Estou dizendo há muito tempo que eu vou esperar o julgamento total porque eu tenho muita coisa a comentar e eu gostaria de falar sobre o assunto."

Questionado sobre o estado de saúde do ex-presidente do PT José Genoino, Lula disse estar aguardando "que a lei seja cumprida e quem sabe ele fique em regime semiaberto". Genoino alega problemas de saúde e pediu para cumprir sua prisão em regime domiciliar.

O ex-presidente petista participou nesta segunda da comemoração da Semana da Consciência Negra na Faculdade Zumbi dos Palmares em São Paulo, ao lado do presidente da República de Guiné, Alpha Condé, do ex-senador dos Estados Unidos reverendo Jesse Jackson e da escritora e deputada angolana Irene Neto.

PENAS DO MENSALÃO

  • Arte/UOL

    Clique na imagem para ver quais os crimes e as punições aplicadas aos réus

O mensalão foi o maior escândalo de corrupção do primeiro mandato de Lula (2003-2006) na Presidência.

O esquema envolveu seu ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, além de outros petistas graúdos, como o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares e o ex-presidente da sigla José Genoino.

O STF mandou executar as penas de 12 condenados, incluindo os três petistas, na última sexta-feira (15), mas ainda julgará os chamados embargos infringentes (recursos que podem reverter algumas condenações) em 2014.