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STF envia a Moro processo sobre propina paga a Cunha por meio de igreja

Com mandato suspenso, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é réu na ação penal que tramita no STF - Pedro Ladeira/Folhapress
Com mandato suspenso, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é réu na ação penal que tramita no STF Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

12/05/2016 00h43

O processo que investiga o suposto recebimento de propina pelo deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) por meio da Igreja Assembleia de Deus tramitará na 13ª Vara Federal de Curitiba, presidida pelo juiz Sérgio Moro.

A Procuradoria-Geral da República afirma que a igreja evangélica intermediou em 2012 o recebimento de pelo menos R$ 250 mil em propinas ao deputado federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recém-afastado da presidência da Câmara dos Deputados pelo próprio STF. O dinheiro seria referente a propina do esquema investigado pela operação Lava Jato.

O Plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) manteve a decisão do ministro Teori Zavascki, relator na corte dos processos da Operação Lava Jato. Ele acolheu parecer do MPF (Ministério Público Federal) que pediu a remessa dos autos à Curitiba. 

Os procuradores entendem que, embora os fatos narrados tenham possível relação com o suposto esquema criminoso na Petrobras, não guardam relação com agentes públicos com foro privilegiado uma vez que Cunha já é réu em ação penal que tramita no STF.

Em todas suas declarações públicas, Cunha sempre negou que tivesse recebido propina dos esquemas de corrupção investigação pela Operação Lava Jato.

A Assembleia de Deus pediu, em seu recurso, que o caso fosse remetido para uma das Varas da Justiça Federal de São Paulo, onde fica a sede da entidade, mas Teori reforçou seu entendimento de que os fatos em questão aparentemente são pertinentes aos já investigados pela 13ª Vara Federal de Curitiba. De acordo com Teori, nada impede que, chegando o caso ao Paraná, o juiz federal Sérgio Moro se considere incompetente para a causa.