Serra Leoa proíbe população de sair de casa por risco de ebola
Serra Leoa confinou nesta sexta-feira (27) sua população por três dias, uma medida radical decretada pelo governo pela segunda vez em seis meses devido ao reaparecimento do perigo do ebola no país.
Os quase 6 milhões de habitantes, com exceção dos trabalhadores da saúde e outras funções especiais, devem permanecer em casa a partir das 6h local desta sexta-feira até as 18h de domingo.
A decisão foi tomada pelo presidente Ernest Koroma como parte de uma "campanha para que as comunidades participem diretamente da luta para alcançar a meta de zero casos de ebola e para refletir e rezar pela erradicação desta doença no país".
Nenhuma atividade comercial será autorizada durante o período de confinamento, ao longo do qual restaurantes e bares ficarão fechados e as atividades nas praias serão proibidas, segundo o presidente.
Um abrandamento nas restrições está previsto entre as 7h e as 14h de 29 de março, coincidindo com o Domingo de Ramos, neste país majoritariamente muçulmano, mas onde são celebradas festas cristãs.
Serra Leoa é um dos três países mais castigados pela epidemia de ebola, juntamente com os vizinhos Guiné e Libéria.
Ali foi contabilizado o maior número de casos identificados -- cerca de 12 mil -- entre os países afetados, praticamente a metade do total de 25 mil casos contabilizados.
Além disso, também foram registrados em Serra Leoa 3.700 mortos das 10.200 vítimas fatais da epidemia no oeste da África, um número considerado subestimado pela própria Organização Mundial da Saúde (OMS).
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