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Zika foi registrada em 41 países desde 2015; maioria nas Américas

Ueslei Marcelino/Reuters
Imagem: Ueslei Marcelino/Reuters

Do UOL*, em São Paulo

08/03/2016 21h39

O vírus da zika foi registrado em 52 países e territórios de todo o mundo desde 2007, quando uma epidemia atingiu a Micronésia, na Ásia. A OMS (Organização Mundial de Saúde) recebeu notificações de 41 países desde 2015, quando o Brasil alertou para uma associação entre o vírus da zika e lesões neurológicas. 

A maioria das áreas está nas Américas do Sul e Central, onde estão 31 países e territórios em que o vírus é transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti.

Segundo balanço da OMS, oito países registraram aumento de casos da Síndrome de Guillain-Barré, que causa paralisia muscular. 

Caso de microcefalia nos EUA

Os Estados Unidos, Canadá, países da Europa, China, Japão, Rússia e Austrália registraram casos de pessoas contaminadas por zika após viajaram a alguma região com epidemia do vírus.

Entre eles, há nove casos de grávidas dos EUA e um caso de microcefalia com suspeita associação com zika. 

Estados Unidos:

As autoridades de saúde dos Estados Unidos contabilizaram desde o final de fevereiro nove casos de mulheres grávidas infectadas pelo vírus da zika, depois de viajarem para um país afetado pela epidemia. Destas, um deu à luz uma criança com microcefalia severa, a mais preocupante das complicações infecciosas.

A organização americana de controle e prevenção de doenças CDC conta um total de 153 casos "importados" em solo americano (além de 107 contaminações locais em três territórios americanos afetados: Porto Rico, as Ilhas Virgens e a Samoa americana, em 2 de março).

Canadá:

20 canadenses, incluindo uma mulher grávida, foram infectados após viajar para os países afetados, de acordo com um balanõ de autoridades de saúde canadenses em 7 de março.

Cuba:

O primeiro caso importado foi anunciado em 2 de março: uma jovem médica venezuelana que foi estudar na ilha, até agora livre de casos autóctones.

Europa:

França: primeiro caso de transmissão do vírus da zika através de relações sexuais foi registrado numa mulher infectada pelo companheiro que voltou do Brasil, disse em 27 de fevereiro a ministra da Saúde, Marisol Touraine.

O Instituto de Vigilância Sanitária (InVS) registrou entre o início de 2016 e 3 de março na França um total de 89 casos importados, "incluindo cinco mulheres grávidas e um caso de complicações neurológicas".

O InVS estima que o risco de transmissão do vírus da zika na França continua a ser "extremamente baixo entre novembro e maio".

Além disso, a epidemia continua a fazer estragos na Martinica, na Guiana, enquanto em Guadalupe a circulação do vírus é "nova". Na Nova Caledônia, um primeiro caso autóctone foi diagnosticado no início de março.

Espanha: cinco mulheres grávidas contraíram a doença depois de uma viagem à América Latina. No total do país, 38 pessoas foram infectadas durante uma estadia em uma área infectada, de acordo com uma contagem realizada em 7 de março.

Além disso, Reino Unido, Irlanda, Países Baixos, Portugal, Suíça, Itália e Eslováquia têm relatado casos de importados em pessoas que recentemente estiveram na América Latina/Caribe.

Rússia:

Um primeiro caso foi relatado em 15 de fevereiro em uma mulher após um período de férias na República Dominicana.

China:

Dois primeiros chineses foram contaminados na sequência de uma viagem para a Venezuela, anunciou a imprensa em meados de fevereiro.

Japão:

O primeiro caso importado foi anunciado em 25 de fevereiro pelo Ministério da Saúde.

Austrália:

Dois casos em mulheres grávidas que viajaram para áreas onde há a epidemia foram relatados pelas autoridades de saúde em 12 de fevereiro.

Com informações da AFP