Ao menos cinco pessoas morreram em novo surto de ebola na Guiné
Cinco pessoas morreram após o ressurgimento do surto de ebola na Guiné, declarou nesta terça-feira à AFP um porta-voz da Coordenação nacional de luta contra o ebola.
"Desde o ressurgimento da doença, registramos cinco mortes, três supostas (enterrados antes dos testes de ebola poderem ser realizados) e dois casos confirmados", afirmou o responsável de comunicação da Coordenação, Fodé Tass Sylla.
Ao todo, foram identificadas 961 pessoas que tiveram contato com esses casos, segundo Sylla.
Vacinação em massa
Na última sexta, um centro de tratamento de ebola foi reaberto com urgência Guiné após o ressurgimento do vírus no sul do país, que as autoridades querem circunscrever por uma campanha de vacinação e quarentenas.
O coordenador nacional da luta contra o ebola, Sakoba Keïta, apresentou um plano de ação que prevê especialmente "vacinar em 72 horas todos os contatos e contatos dos contatos", em referência às pessoas que podem ter se aproximado dos doentes.
Keita também recomendou quarentena para uma centena de famílias na sub-prefeitura de Koropara (sul), onde foram descobertos os novos casos, segundo um comunicado do governo.
Meses após fim da epidemia
Estes são os primeiros casos registrados no país desde o fim da epidemia proclamado em 29 de dezembro, anunciou o governo. As equipes enviadas ao local pela OMS e o ministério da Saúde "vão se esforçar para investigar sobre a origem das novas contaminações e identificar, isolar, vacinar e monitorar todos os contatos dos novos casos e dos mortos", afirmou a organização.
"Os casos descobertos na Guiné são, obviamente, uma ameaça para Serra Leoa", declarou na sexta-feira à AFP o diretor de prevenção e controle de doenças no ministério da Saúde serra-leonês, Foday Dafai.
Os serviços de saúde foram colocados em alerta na fronteira e "todos os hospitais do país têm reavivado seus centros de tratamento de ebola em nível regional", ressaltou.
A epidemia de ebola, a mais grave desde a identificação do vírus em 1976, na África Ocidental, começou em dezembro de 2013 na região da Guiné antes de se espalhar para Libéria e Serra Leoa, que fazem fronteira com o país.
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