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'Para alguma coisa eu tô servindo', diz mãe de 'bebê-símbolo' de microcefalia

24/02/2016 05h58

A pernambucana Solange Ferreira, de 39 anos, mãe do bebê José Wesley, foi uma das primeiras mulheres a aparecer na mídia quando começaram a surgir os casos de microcefalia associados ao vírus da zika no nordeste do país. Em dezembro, pouco depois da descoberta da malformação no bebê, eles conheceram o fotógrafo da AP, Felipe Dana.

Desde então, Solange mudou-se de cidade para ficar mais perto dos familiares e diz que as fotos a tornaram conhecida, mas ainda aguarda o início das sessões de reabilitação do filho, que já tem quatro meses.

Solange foi fotografada pela primeira vez quando ainda vivia em Santa Cruz do Capibaribe, no sertão de Pernambuco. Há menos de um mês, mudou-se para Bonito, que fica mais perto da capital, Recife. O pai dos quatro meninos, no entanto, ficou na outra cidade.

Depois de deixar o emprego como doméstica para cuidar do filho, ela tem apenas os R$ 259 mensais que recebe pelo Bolsa Família como renda fixa. "Quando minha família tem condições, ajuda. Quando não tem, a gente vai passando. Para tudo Deus dá um jeito."