Topo

Técnica com ventosas alivia dor e é adotada por atletas olímpicos

10/08/2016 10h03

São Paulo - As marcas arroxeadas nos atletas olímpicos, entre eles o nadador Michael Phelps, são resultado de um tratamento milenar da medicina chinesa que, por meio da sucção, consegue aliviar sintomas de dores, relaxar a musculatura e melhorar a circulação da região. Trata-se da ventosaterapia, uma técnica que utiliza ventosas durante dez a 15 minutos e consegue trazer benefícios já na primeira sessão.

As marcas arroxeadas nos atletas olímpicos, entre eles o nadador Michael Phelps, são resultado de um tratamento milenar da medicina chinesa que, por meio da sucção, consegue aliviar sintomas de dores, relaxar a musculatura e melhorar a circulação da região. Trata-se da ventosaterapia, uma técnica que utiliza ventosas durante dez a 15 minutos e consegue trazer benefícios já na primeira sessão.

Ortopedista e acupunturista do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas, André Tsai diz que a humanidade tem utilizado técnicas com sucção há muito tempo com resultados positivos. "Essa técnica produz analgesia por estimular a produção de substâncias para tirar a dor. Ela chama sangue novo para a região e promove um aumento da circulação local. O resultado é imediato, mas a ventosa é um tratamento utilizado em conjunto com a acupuntura."

Tsai explica que os atletas são beneficiados pela técnica pelo fato de ela não necessitar de nenhuma substância. "Ela consegue produzir analgesia e relaxamento muscular sem ser doping. É um recurso que muitos atletas de alta performance estão usando."

Aplicação

Lucienne Colombo, biomédica acupunturista e professora do curso de pós-graduação em acupuntura da Escola de Terapias Orientais de São Paulo, diz que a técnica tem várias aplicações, além de entorses e dores musculares. "Também pode ser usada em casos de tosse, asma, dores de estômago, cólicas menstruais e artrite."

Ela explica que copos, que podem ser de bambu, cerâmica ou vidro, são posicionados nos pontos doloridos e presos a vácuo. "O mais usado é o de vidro que tem vários tamanhos, pode ser usado nas costas, nas coxas, na região da cintura e tem como controlar a reação da pele ao tratamento."

Tsai afirma que o tratamento não é voltado só para atletas, mas que é essencial ter um diagnóstico antes de iniciá-lo, pois dores musculares podem, por exemplo, ter ligação com rupturas musculares e a técnica não é indicada nesses casos

Paula Felix