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Alimentação adequada pode contribuir para se ter uma vida longa

Frutas cítricas são ricas em antioxidantes, que ajudam a combater o envelhecimento das células - Karime Xavier/Folhapress
Frutas cítricas são ricas em antioxidantes, que ajudam a combater o envelhecimento das células Imagem: Karime Xavier/Folhapress

Chris Bueno

Do UOL, em São Paulo

20/12/2012 07h01

Uma alimentação adequada contribui significativamente para uma vida mais saudável – e mais longa! Cada vez mais pesquisas vêm comprovando os benefícios que uma dieta equilibrada pode trazer não apenas para a qualidade de vida, mas também para a longevidade. Isso porque alguns alimentos possuem propriedades antienvelhecimento que podem contribuir para se viver mais e melhor.

Um bom exemplo são os alimentos que fortalecem o sistema imunológico, como o espinafre, o brócolis, as nozes e as amêndoas, que ajudam assim o corpo a resistir a doenças. Outro exemplo são os alimentos ricos em antioxidantes, que ajudam a combater o envelhecimento das células, como é o caso da cenoura, do tomate e das frutas cítricas. Sem contar os alimentos que contribuem para evitar o colesterol e a manter a taxa glicêmica equilibrada, como a aveia. A alimentação correta também se relaciona com riscos menores de catarata, aterosclerose, artrite, anemia e osteoporose, entre outras doenças.

Não é nenhuma receita mágica. Basta misturar esses alimentos e investir em uma dieta equilibrada para desfrutar de seus benefícios. “De certa forma, estes nutrientes vão exercer papel importante no nosso corpo influenciando no estado emocional, físico e mental”, explica Carla Muroya, nutricionista do Hospital Albert Einstein de São Paulo.
 

Cardápio variado

O cardápio de quem quer viver mais e melhor deve ser obrigatoriamente recheado de frutas e verduras. Mas não só. “Uma dieta equilibrada contribui diretamente para a longevidade, visto que uma alimentação saudável está associada à prevenção de diversos tipos de doença. E quanto mais variada for a dieta, maior será o seu valor nutricional”, afirma Marisa Bailer, nutricionista do Hospital Samaritano de São Paulo.

Além dos vegetais, é preciso adicionar carboidratos e gorduras bem selecionados à sua dieta. No grupo dos carboidratos, o cuidado mais importante é consumir os integrais, que diminuem os picos de hiperglicemia e hipoglicemia observados em pacientes com intolerância à glicose. Os integrais são os mais indicados, por serem ricos em fibras, que diminuem a absorção de gordura pelo organismo, ajudando a prevenir e a controlar os problemas relacionados ao colesterol alto, à obesidade e à hipertensão.

As gorduras também são essenciais para manter o organismo funcionando. Porém é fundamental que elas representem, no máximo, 30% do total de calorias ingeridas por dia.

Mas, por outro lado, existem aqueles alimentos que devem ficar totalmente de fora – ou, pelo menos, diminuídos drasticamente – da dieta de quem quer uma vida longa e com saúde. Entre eles estão especialmente as frituras e os doces. Em excesso, eles podem ocasionar vários problemas como obesidade, diabetes, colesterol alto e doenças cardiovasculares.

Sopas processadas, pizzas congeladas, salsicha e batatas fritas também devem ser consumidas com muita moderação. Segundo o endocrinologista e nutrólogo Mohamad Barakat, membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), esses alimentos contêm sódio e conservadores artificiais em excesso, contribuindo para aumentar o colesterol e a pressão arterial. Outro grande inimigo da saúde e da longevidade é o refrigerante: “Uma lata de 350 ml possui em média 10 colheres de chá de açúcar, 150 calorias, entre 30 e 55 mg de cafeína, além de estar repleta de corantes artificiais e sulfitos. Somente isso já deveria fazer você repensar seu consumo de refrigerantes”, diz.

Muroya ressalta que para a longevidade é preciso escolher um estilo de vida saudável, incluindo uma alimentação equilibrada que forneça nutrientes essenciais para manutenção da saúde. “Essa alimentação vai contribuir para a prevenção de doenças como o câncer, doenças cardiovasculares e outras, para o aumento da defesa imunológica e ainda no combate ao envelhecimento”, afirma. Então, vale a pena investir.