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Brasil estuda agora soro anti-zika para grávidas, diz ministro

A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, e o ministro da Saúde, Marcelo Castro, visitaram hospital de referência no Recife (PE) - Beto Macário/UOL
A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, e o ministro da Saúde, Marcelo Castro, visitaram hospital de referência no Recife (PE) Imagem: Beto Macário/UOL

Carlos Madeiro

Colaboração para o UOL, em Recife

24/02/2016 14h09

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, afirmou nesta quarta-feira (24) que o Brasil está investindo agora no desenvolvimento de um soro --parecido com o antitetânico e o de antirrábico-- que grávidas poderiam tomar, em caso de infecção, para evitar malformações do bebê e em novos testes para ter segurança de diagnóstico. As pesquisas estão sendo tocadas pelo Instituto Butantã e Rio Manguinhos.

O soro, ao contrário da vacina, age após a contaminação. As vacinas contêm vírus inativos ou atenuados que estimulam o organismo a produzir anticorpos contra a doença, enquanto o soro é feito de anticorpos produzidos, por exemplo, em animais de grande porte. É usado quando o tratamento precisa ser rápido e não é possível esperar a produção de anticorpos pelo nosso corpo.

Castro, que acompanhou a diretora-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Margaret Chan, em visita ao Recife (PE), ressaltou ainda os avanços feitos com a vacina contra a dengue, também transmitida pelo Aedes, que entrou na última fase de testes nesta semana.

"Estamos bastante confiantes de que será uma vacina qualificada para os quatro sorotipos, com repercussão internacional. Acreditamos que em menos de dois anos poderemos usar essa vacina no Brasil", falou.

Segundo ele, as pesquisas brasileiras, em parcerias com institutos norte-americanos, apontam para o desenvolvimento de uma vacina para a zika em menos de um ano. A vacina, no entanto, levaria três anos para estar disponível. Mas, para o ministro, isso representa "um avanço extraordinário".