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Governo vai investir R$ 649 milhões no combate ao Aedes aegypti

Conheça as armas contra o Aedes

UOL Notícias

Do UOL, em São Paulo

23/03/2016 11h50Atualizada em 23/03/2016 18h51

O governo anunciou nesta quarta-feira (23) o investimento de R$ 649 milhões para o Plano de Enfrentamento ao Aedes aegypti e à Microcefalia. O mosquito é o transmissor da dengue, da febre chikungunya e do vírus da zikaDesse valor, R$ 325 milhões serão usados durante o ano de 2016.

"Estamos correndo contra o tempo para conhecer melhor o vírus que se espalhou em uma velocidade espantosa. Precisamos com urgência identificar as doenças [causadas pelo mosquito]", destacou a presidente Dilma Rousseff.

“O mundo hoje está em emergência de saúde pública por causa desse vírus. Vamos colocar R$ 20 milhões em edital para os pesquisadores que se queixam muito que não têm recursos para apresentarem projetos”, afirmou Marcelo Castro, Ministro da Saúde.

O Governo também anunciou que será realizada uma nova fase da pesquisa do mosquito com a bactéria Wolbachia, capaz de reduzir a transmissão de doenças. “Nós apoiamos todas as estratégias desde o mosquito estéril até o modificado geneticamente. O resultado que queremos é a menor incidência do Aedes”, afirmou a presidente.

O Ministro da Saúde destacou que a previsão é investir um total R$ 258 milhões em novas tecnologias nos próximos quatro anos. Até o momento, a pasta já se comprometeu com cerca de R$ 130 milhões para o desenvolvimento de vacinas, soros e estudos relacionados. Só a Fiocruz receberá R$ 11,6 milhões para desenvolver pesquisa e vacina contra o vírus zika, de acordo com Castro.

“Contratamos o [Instituto] Butatan num contrato de R$ 200 milhões para que ele avance na fase 3 da pesquisa da vacina contra dengue. E também há um comprometimento do BNDS [Banco Nacional do Desenvolvimento] de R$ 100 milhões para produção da vacina. Mas também queremos avançar em novas pesquisas, particularmente da zika”, comentou Celso Pansera, Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Mesmo com todo o investimento, Dilma Rousseff reforçou que a melhor estratégia para enfrentar essa emergência de saúde pública é eliminar os criadouros. “Reitero aquele pedido de [separar] 15 minutos por semana para fazer a vistoria em sua casa e eliminar os criadores. Enquanto não temos a vacina, essa é a única forma de combater as doenças.”