Obama diz que morte de jovem negro na Flórida é uma tragédia e pede investigação
WASHINGTON, 23 Mar 2012 (AFP) -O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, considerou nesta sexta-feira que a morte de um jovem negro abatido por um vigia na Flórida representa uma "tragédia" e ressaltou a importância de uma investigação completa para averiguar as circunstâncias de um drama que suscitou indignação entre os americanos.
"Não posso imaginar o que estão passando os pais" de Trayvon Martin, de 17 anos, acrescentou Obama, primeiro presidente negro dos Estados Unidos. "Se eu tivesse um filho, ele seria parecido com Trayvon", afirmou, visivelmente emocionado.
"Cada pai nos Estados Unidos deve saber a razão pela qual é imperativo que nós investiguemos todos os aspectos deste caso, e que todos façam esforços, o Estado federal, o estado (da Flórida) e as autoridades locais, para compreender exatamente como esta tragédia ocorreu", acrescentou Obama.
No dia 26 de fevereiro, quando voltava para casa depois de ter comprado doces, Trayvon Martin foi morto por George Zimmerman, que realizava rondas de vigilância em seu bairro, uma zona residencial do subúrbio de Orlando.
Zimmerman, de 28 anos, de origem hispânica, alegou legítima defesa e está atualmente em liberdade. Mas as circunstâncias dos fatos ainda não foram esclarecidas e a investigação da polícia local sofre fortes críticas.
O Departamento americano de Justiça, o procurador do distrito central da Flórida e o FBI abriram uma investigação. Um grande juri (câmara de acusação) deve se reunir no dia 10 de abril para decidir se as acusações são suficientes para que George Zimmerman seja processado.
A morte do jovem negro reavivou o debate em torno de uma lei votada em 2005 na Flórida com o apoio do lobby das armas, a Associação Nacional do Rifle (NRA, sigla em inglês). Esse texto --chamado de "Defenda-se" por seus defensores, "Atire primeiro" por seus críticos-- relaxou as condições do exercício da legítima defesa.
O caso gerou furor na Flórida, onde manifestações são realizadas diariamente para denunciar um novo exemplo de discriminação racial, e o movimento se propaga para outras cidades do país, como Nova York.
"Acho que devemos realizar um exame de consciência para entender como uma coisa dessa pode ocorrer, e isso quer dizer que examinamos as leis e o contexto", afirmou Obama, ao responder a uma pergunta de um jornalista durante um discurso do presidente na Casa Branca para anunciar o seu candidato ao Banco Mundial.
Os pais de Trayvon Martin "têm razão de esperar que todos nós, como americanos, analisemos este caso com a seriedade que merece, e que possamos chegar ao fundo das coisas que ocorreram", concluiu Obama.
Mais de um milhão de assinaturas foram reunidas no site change.org para exigir que Zimmerman seja julgado.
"Não posso imaginar o que estão passando os pais" de Trayvon Martin, de 17 anos, acrescentou Obama, primeiro presidente negro dos Estados Unidos. "Se eu tivesse um filho, ele seria parecido com Trayvon", afirmou, visivelmente emocionado.
"Cada pai nos Estados Unidos deve saber a razão pela qual é imperativo que nós investiguemos todos os aspectos deste caso, e que todos façam esforços, o Estado federal, o estado (da Flórida) e as autoridades locais, para compreender exatamente como esta tragédia ocorreu", acrescentou Obama.
No dia 26 de fevereiro, quando voltava para casa depois de ter comprado doces, Trayvon Martin foi morto por George Zimmerman, que realizava rondas de vigilância em seu bairro, uma zona residencial do subúrbio de Orlando.
Zimmerman, de 28 anos, de origem hispânica, alegou legítima defesa e está atualmente em liberdade. Mas as circunstâncias dos fatos ainda não foram esclarecidas e a investigação da polícia local sofre fortes críticas.
O Departamento americano de Justiça, o procurador do distrito central da Flórida e o FBI abriram uma investigação. Um grande juri (câmara de acusação) deve se reunir no dia 10 de abril para decidir se as acusações são suficientes para que George Zimmerman seja processado.
A morte do jovem negro reavivou o debate em torno de uma lei votada em 2005 na Flórida com o apoio do lobby das armas, a Associação Nacional do Rifle (NRA, sigla em inglês). Esse texto --chamado de "Defenda-se" por seus defensores, "Atire primeiro" por seus críticos-- relaxou as condições do exercício da legítima defesa.
O caso gerou furor na Flórida, onde manifestações são realizadas diariamente para denunciar um novo exemplo de discriminação racial, e o movimento se propaga para outras cidades do país, como Nova York.
"Acho que devemos realizar um exame de consciência para entender como uma coisa dessa pode ocorrer, e isso quer dizer que examinamos as leis e o contexto", afirmou Obama, ao responder a uma pergunta de um jornalista durante um discurso do presidente na Casa Branca para anunciar o seu candidato ao Banco Mundial.
Os pais de Trayvon Martin "têm razão de esperar que todos nós, como americanos, analisemos este caso com a seriedade que merece, e que possamos chegar ao fundo das coisas que ocorreram", concluiu Obama.
Mais de um milhão de assinaturas foram reunidas no site change.org para exigir que Zimmerman seja julgado.
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