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Tempestades matam onze no Oriente Médio

09/01/2013 19h30

RAMALLAH, Territórios palestinos, 09 Jan 2013 (AFP) - As tempestades que caem no Oriente Médio desde o domingo passado já deixaram ao menos 11 mortos, agravando a já difícil situação dos refugiados sírios.

Duas mulheres morreram na Cisjordânia, após as águas arrastarem o automóvel no qual viajavam, e um homem bêbado de 30 anos faleceu devido ao frio em Taalabaya, na província libanesa de Bekaa, informaram nesta quarta-feira fontes oficiais.

Um deslizamento de terra matou um homem em Jenin, na Cisjordânia, onde uma mulher morreu no incêndio de sua casa.

Na terça-feira, as autoridades haviam informado a morte de seis pessoas em eventos ligados às tempestades.

Em Jerusalém, as escolas fecharam na tarde desta quarta-feira, após ventos, granizo e uma forte chuva que atingiu a cidade.

As tempestades causaram importantes danos nos territórios palestinos. "A infraestrutura palestina (...) não está em condições de enfrentar um tempo assim", disse Ghasan Hamdan, chefe do serviço médico da cidade de Nablus.

"Há pelo menos dez anos que não víamos uma tempestade como esta", declarou à AFP na terça-feira um funcionário de meteorologia do Aeroporto de Beirute, destacando que já foram registrados 638 mm de precipitação desde setembro, contra 318mm no mesmo período do ano passado.

Na Síria, nevascas fecharam avenidas de Damasco e certas regiões enfrentam uma situação crítica diante da ausência de combustível para calefação e de eletricidade.

O frio atinge especialmente os milhares de refugiados do conflito sírio instalados em barracas nos países limítrofes.

"Minha barraca foi destruída. Tentei consertá-la mas não consegui. Não sabemos o que fazer", declarou Mohamad Hamed, de 30 anos, que fugiu da Síria há um mês.

No campo de refugiados jordaniano de Zaatari, que abriga 62 mil sírios, o mau tempo destruiu centenas de barracas e elevou a tensão, um dia após grande confusão durante a distribuição de ajuda humanitária.

A Jordânia diz abrigar mais de 290 mil sírios no norte do país, para onde estes fugiram do conflito devastador em sua terra natal.