Letícia Casado

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Reportagem

Damares negocia presidência da comissão de direitos humanos do Senado

Ex-ministra do governo de Jair Bolsonaro, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) negocia a presidência da comissão de direitos humanos do Senado na próxima legislatura, que começa em fevereiro de 2025. A Casa deve ser comandada por Davi Alcolumbre (União-AP).

A negociação dos cargos nas comissões e na mesa diretora já começou a ser feita pelos parlamentares. Esse tipo de tratativa faz parte das conversas em troca de apoio para a eleição da presidência das casas legislativas e segue a proporção do tamanho das bancadas.

Damares diz que, na divisão dos cargos, coube ao Republicanos a vaga para presidir a comissão de direitos humanos.

"Já teve a reunião [de Alcolumbre com líderes partidários] e ficou dividido como cada partido vai ficar com qual comissão. Está mais ou menos combinado. Isso vai ser anunciado em janeiro. Nessa combinação, a comissão que vai caber ao meu partido é a de direitos humanos, pela divisão equitativa", disse Damares à coluna.

A bancada do Republicanos conta com quatro senadores: o ex-vice-presidente da República Hamilton Mourão (RS), Mecias de Jesus (RR), Cleitinho (MG) e Damares.

Segundo ela, nenhum dos outros três senadores do partido "se sente familiarizado com a pauta" de direitos humanos.

"Se confirmado que [a presidência da comissão] é do partido, eles querem que eu assuma."

Damares foi ministra das Mulheres no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Por diversas vezes ela foi criticada por grupos que consideravam sua gestão ideológica e radical. Com isso, a parlamentar diz que está preparada para receber reclamações sobre sua escolha para o cargo.

A senadora diz que vai atuar para dar voz a grupos vulneráveis.

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"Vou trabalhar da mesma forma como trabalhei no ministério, com pautas dos invisibilizados: marisqueiras, quebradeiras de coco, ciganos. Vou trazer segmentos que estão tendo direitos violados no Brasil", afirmou.

"Vai ser um desafio, mas vai ser legal."

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