Esforços intensos para encontrar desaparecidos de naufrágio na Coreia
JINDO, Coreia do Sul, 17 Abr 2014 (AFP) - Os socorristas lutavam contra o tempo nesta quinta-feira para tentar resgatar com vida passageiros da balsa que afundou parcialmente na costa meridional da Coreia do Sul, deixando 290 desaparecidos, mas a forte correnteza tem impedido o trabalho dos mergulhadores.
Nove mortes foram confirmadas e a chance de se localizar sobreviventes sob o casco do ferry - em bolsões de ar - era cada vez menor 24 horas após o acidente.
A balsa seguia para a turística ilha de Jeju, com 475 pessoas a bordo, incluindo 325 estudantes. Nesta quinta-feira, a guarda costeira informou que 179 náufragos foram resgatados com vida.
Os socorristas trabalharam durante toda a noite de quarta-feira - sob a luz de holofotes - mas a forte correnteza e a visibilidade reduzida na água impediram a entrada dos mergulhadores no casco submerso.
"Não conseguiram entrar nos camarotes", revelou um porta-voz da guarda costeira.
Segundo o vice-ministro de Segurança e Administrações Públicas, Lee Gyeong-Og, dezenas de mergulhadores, incluindo uma equipe de SEALS da Marinha sul-coreana, trabalham no local, onde "a água está muito turva e a a visibilidade é escassa".
As autoridades temem que centenas de pessoas tenham ficado presas no navio, que virou e afundou perto da ilha de Byungpoong em apenas duas horas após o envio do primeiro sinal de socorro, às 09h00 (21h00 de terça-feira em Brasília).
Vários sobreviventes indicaram que a tripulação ordenou a todos que ficassem em seus lugares após o acidente.
"Esperamos de 30 a 40 minutos", contou um estudante. "Depois o ferry adernou e todo mundo começou a gritar e a tentar sair, desesperadamente".
O barco inclinou mais de 45 graus e, em seguida, virou quase por completo. Apenas uma pequena parte ficou de fora da água. A temperatura da água era de 12°C.
A balsa, uma embarcação de 6.825 toneladas, zarpou do porto de Incheon na terça-feira à noite, mas começou a registrar problemas depois de percorrer 13 milhas (20 km), diante da ilha de Byungpoong.
As causas do acidente são desconhecidas, mas alguns sobreviventes afirmaram que o ferry parou de repente, como se tivesse encalhado, apesar das condições meteorológicas favoráveis.
O capitão do ferry estava sendo interrogado pela guarda costeira.
Os estudantes, de um colégio do ensino médio do sul de Seul, realizavam uma viagem à ilha de Jeju, uma das maiores atrações turísticas da Coreia do Sul, também chamada de "Havaí sul-coreano".
O primeiro-ministro Chung Hong-Won visitou o ginásio que reúne as famílias dos desaparecidos e foi recebido com gritos e vaias.
A presidente Park Geun-Hye seguiu para o local da tragédia e pediu aos mergulhadores que prossigam com os trabalhos.
"O tempo está acabando. Por favor, tenham pressa. Se existem sobreviventes, cada minuto e cada segundo é crítico", disse a presidente.
A tragédia provocou choque na Coreia do Sul, um país rico e moderno que acreditava que este tipo de catástrofes era coisa do passado. O acidente foi ainda mais doloroso porque muitas vítimas são adolescentes.
ckp-jhw/lr/fp
Nove mortes foram confirmadas e a chance de se localizar sobreviventes sob o casco do ferry - em bolsões de ar - era cada vez menor 24 horas após o acidente.
A balsa seguia para a turística ilha de Jeju, com 475 pessoas a bordo, incluindo 325 estudantes. Nesta quinta-feira, a guarda costeira informou que 179 náufragos foram resgatados com vida.
Os socorristas trabalharam durante toda a noite de quarta-feira - sob a luz de holofotes - mas a forte correnteza e a visibilidade reduzida na água impediram a entrada dos mergulhadores no casco submerso.
"Não conseguiram entrar nos camarotes", revelou um porta-voz da guarda costeira.
Segundo o vice-ministro de Segurança e Administrações Públicas, Lee Gyeong-Og, dezenas de mergulhadores, incluindo uma equipe de SEALS da Marinha sul-coreana, trabalham no local, onde "a água está muito turva e a a visibilidade é escassa".
As autoridades temem que centenas de pessoas tenham ficado presas no navio, que virou e afundou perto da ilha de Byungpoong em apenas duas horas após o envio do primeiro sinal de socorro, às 09h00 (21h00 de terça-feira em Brasília).
Vários sobreviventes indicaram que a tripulação ordenou a todos que ficassem em seus lugares após o acidente.
"Esperamos de 30 a 40 minutos", contou um estudante. "Depois o ferry adernou e todo mundo começou a gritar e a tentar sair, desesperadamente".
O barco inclinou mais de 45 graus e, em seguida, virou quase por completo. Apenas uma pequena parte ficou de fora da água. A temperatura da água era de 12°C.
A balsa, uma embarcação de 6.825 toneladas, zarpou do porto de Incheon na terça-feira à noite, mas começou a registrar problemas depois de percorrer 13 milhas (20 km), diante da ilha de Byungpoong.
As causas do acidente são desconhecidas, mas alguns sobreviventes afirmaram que o ferry parou de repente, como se tivesse encalhado, apesar das condições meteorológicas favoráveis.
O capitão do ferry estava sendo interrogado pela guarda costeira.
Os estudantes, de um colégio do ensino médio do sul de Seul, realizavam uma viagem à ilha de Jeju, uma das maiores atrações turísticas da Coreia do Sul, também chamada de "Havaí sul-coreano".
O primeiro-ministro Chung Hong-Won visitou o ginásio que reúne as famílias dos desaparecidos e foi recebido com gritos e vaias.
A presidente Park Geun-Hye seguiu para o local da tragédia e pediu aos mergulhadores que prossigam com os trabalhos.
"O tempo está acabando. Por favor, tenham pressa. Se existem sobreviventes, cada minuto e cada segundo é crítico", disse a presidente.
A tragédia provocou choque na Coreia do Sul, um país rico e moderno que acreditava que este tipo de catástrofes era coisa do passado. O acidente foi ainda mais doloroso porque muitas vítimas são adolescentes.
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