Francisco e líderes religiosos se unem contra a escravidão
CIDADE DO VATICANO, 02 dez 2014 (AFP) - O Papa Francisco e os líderes de diversas religiões do planeta - judeus, muçulmanos, ortodoxos, anglicanos, budistas e hindus - assinaram nesta terça-feira, no Vaticano, uma declaração conjunta na qual se comprometem a lutar contra a escravidão moderna e o tráfico de seres humanos.
Segundo dados do "Global Slavery index 2014", 36 milhões de homens, mulheres e crianças de todo o mundo são vítimas principalmente do trabalho forçado e da exploração sexual.
"Nos comprometemos hoje a fazer tudo a nosso alcance, em nossas comunidades religiosas e além, para trabalhar em conjunto para libertar aqueles que são reduzidos a escravos e vítimas de maus-tratos, a fim de dar a eles um novo futuro", afirma a declaração.
O documento foi assinado na sede da Pontifícia Academia para as Ciências, no Vaticano, na presença dos rabinos Abraham Skorka e David Rosen, do Comitê Judeu Americano; do líder ortodoxo Emmanuel, da França, e do grande aiatolá iraquiano Mohammad Taqi al-Modarresi, entre outros.
Antes da assinatura, o Papa Francisco denunciou um "flagelo atroz, presente em todo o mundo e em todas as formas, econômicas, psicológicas, sexuais", incluindo "no turismo".
Benjamin Skorka, rabino de Buenos Aires, afirmou que todos os homens têm "um único Pai" e lembrou a escravidão nos campos de concentração e de extermínio durante a Segunda Guerra Mundial.
"São nossos irmãos, irmãs, filhos, filhas que são explorados: nesta era de globalização, o que acontece a um acontece a todos nós", afirmou a venerável Bhikkhuni Thich Nu Chan Khong, representante do budismo
Ela apelou à "compaixão" não só pelas vítimas, mas também "aos traficantes que sofreram e que podemos despertar e transformar para que se tornem nossos irmãos e aliados".
Em uma mensagem de vídeo, o patriarca ortodoxo de Constantinopla, Bartolomeu, associoua a luta contra a escravidão e a proteção do meio ambiente, "os dois lados da mesma moeda."
"À medida que trabalhamos para estabelecer prazos e limites" para a proteção do meio ambiente, "não podemos ser indiferentes à exploração que faz desconectar um corpo de sua alma", ressaltou.
O líder dos anglicanos, o arcebispo de Canterbury, Justin Welby - um dos principais defensores da iniciativa--, pediu leis mais eficazes "contra as formas de escravidão, bem como a colaboração com o mundo empresarial não excluindo campanhas de denúncia".
A iniciativa é apoiada pela Global Freedom Network, a rede mundial que combate a escravidão em todo o planeta.
No documento, os líderes religiosos se comprometem a erradicar a escravidão moderna e o tráfico de seres humanos, e convidam os governo e chefes de Estado a apoiar publicamente tal iniciativa.
Os representantes das diversas religiões pedem a todos os países que reconheçam a "exploração física, econômica e sexual de homens, mulheres e crianças como um crime contra a humanidade".
Segundo dados do "Global Slavery index 2014", 36 milhões de homens, mulheres e crianças de todo o mundo são vítimas principalmente do trabalho forçado e da exploração sexual.
"Nos comprometemos hoje a fazer tudo a nosso alcance, em nossas comunidades religiosas e além, para trabalhar em conjunto para libertar aqueles que são reduzidos a escravos e vítimas de maus-tratos, a fim de dar a eles um novo futuro", afirma a declaração.
O documento foi assinado na sede da Pontifícia Academia para as Ciências, no Vaticano, na presença dos rabinos Abraham Skorka e David Rosen, do Comitê Judeu Americano; do líder ortodoxo Emmanuel, da França, e do grande aiatolá iraquiano Mohammad Taqi al-Modarresi, entre outros.
Antes da assinatura, o Papa Francisco denunciou um "flagelo atroz, presente em todo o mundo e em todas as formas, econômicas, psicológicas, sexuais", incluindo "no turismo".
Benjamin Skorka, rabino de Buenos Aires, afirmou que todos os homens têm "um único Pai" e lembrou a escravidão nos campos de concentração e de extermínio durante a Segunda Guerra Mundial.
"São nossos irmãos, irmãs, filhos, filhas que são explorados: nesta era de globalização, o que acontece a um acontece a todos nós", afirmou a venerável Bhikkhuni Thich Nu Chan Khong, representante do budismo
Ela apelou à "compaixão" não só pelas vítimas, mas também "aos traficantes que sofreram e que podemos despertar e transformar para que se tornem nossos irmãos e aliados".
Em uma mensagem de vídeo, o patriarca ortodoxo de Constantinopla, Bartolomeu, associoua a luta contra a escravidão e a proteção do meio ambiente, "os dois lados da mesma moeda."
"À medida que trabalhamos para estabelecer prazos e limites" para a proteção do meio ambiente, "não podemos ser indiferentes à exploração que faz desconectar um corpo de sua alma", ressaltou.
O líder dos anglicanos, o arcebispo de Canterbury, Justin Welby - um dos principais defensores da iniciativa--, pediu leis mais eficazes "contra as formas de escravidão, bem como a colaboração com o mundo empresarial não excluindo campanhas de denúncia".
A iniciativa é apoiada pela Global Freedom Network, a rede mundial que combate a escravidão em todo o planeta.
No documento, os líderes religiosos se comprometem a erradicar a escravidão moderna e o tráfico de seres humanos, e convidam os governo e chefes de Estado a apoiar publicamente tal iniciativa.
Os representantes das diversas religiões pedem a todos os países que reconheçam a "exploração física, econômica e sexual de homens, mulheres e crianças como um crime contra a humanidade".
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