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EUA acusam União Europeia de ser "complexo turístico" para funcionários da Venezuela

12.jul.2019 O representante especial dos Estados Unidos para a Venezuela, Elliott Abrams - Saul Loeb/AFP
12.jul.2019 O representante especial dos Estados Unidos para a Venezuela, Elliott Abrams Imagem: Saul Loeb/AFP

Em Bruxelas

09/09/2019 13h46

O representante especial dos Estados Unidos para a Venezuela, Elliott Abrams, acusou a União Europeia (UE) de demorar na adoção de sanções contra autoridades venezuelanas e de ser um "complexo turístico" para elas.

"A UE sancionou 18 figuras do regime venezuelano", lamentou o funcionário americano, para quem "um número muito maior de pessoas no regime está usando a Europa como uma espécie de complexo turístico".

Durante um ato do German Marshall Fund em Bruxelas, Abrams assegurou que as autoridades venezuelanas "enviam suas famílias, esposas, amantes e filhos" para a UE.

"As contas bancárias deles estão aqui. Temos informações sobre as mansões que compram, sobre as boates de seus filhos adolescentes. Isso não deveria acontecer", disse ele.

Os europeus são criticados pelos opositores do governo venezuelano por não aumentarem a pressão sobre o presidente Nicolás Maduro, como tem feito os Estados Unidos.

Abrams, que se reunirá com altos funcionários da Comissão Europeia, afirmou que sua mensagem será para que a UE cumpra e imponha "sanções pessoais adicionais" em vista de "um retorno pacífico e negociado da democracia e da prosperidade na Venezuela".

A UE impôs a Caracas um embargo a armas e materiais que podem ser usados para a repressão, e também congelou bens e proibiu vistos para 18 funcionários do governo Maduro.

Para Abrams, Bruxelas e Washington têm a mesma análise da situação na Venezuela. "Mas, na questão das sanções, acreditamos que a reticência da UE não ajuda no processo de negociação", afirmou.