Provedor da Santa Casa de São Paulo é reeleito
Há seis anos no cargo, Kalil conseguiu se eleger para mais um mandato de três anos, seu último, pois apenas duas reeleições são permitidas. "Vamos continuar trabalhando para diminuir o nosso passivo, mas a verdade é que ele pode até aumentar. A nossa prioridade é atender a população", afirmou Kalil logo após a confirmação de sua vitória.
A dívida de R$ 350 milhões da instituição - com juros mensais de R$ 3 milhões - foi o centro do debate eleitoral. Setúbal, que é presidente do Hospital Infantil Sabará, candidatou-se ao cargo prometendo uma gestão mais transparente e com foco na saúde financeira da instituição. "Hoje temos uma despesa maior do que a receita. Se não mudar, a dívida vai continuar aumentando. Sou um democrata e respeito o resultado da eleição, mas espero transparência", disse ele após a derrota.
Para sanar as dívidas, Kalil afirmou já ter um plano. "Queremos transferir o passivo para o BNDES, que nos daria uma carência, para evitar o desembolso dos juros. Assim facilmente suportaríamos a dívida. Pedimos que a Presidência da República, que já deu tanto dinheiro para a África e para Cuba, nos ajude."
Considerado o maior hospital filantrópico da América Latina, a Santa Casa tem aproximadamente 2 mil leitos e quase 13 mil colaboradores. Oito mil pessoas são atendidas diariamente na instituição.
Bastidores. Logo após a votação, que foi até as 16h de ontem, teve início a apuração dos votos, comandada pelo presidente da assembleia-geral da Irmandade, José Mansur.
Apesar do pedido de um dos presentes para que a contagem tivesse "mais emoção", Mansur optou por primeiro separar as votos de cada um dos candidatos para depois contá-los Quando foi contabilizado o 174.º voto de Kalil, o que indicava que ele não poderia ser alcançado pelo adversário, houve gritaria e palmas. "Por favor, vamos terminar a apuração", teve de pedir Mansur.
Kalil saiu antes do final da contagem. Na sua sala, chorou antes de dar a primeira entrevista já como provedor reeleito. Ao final da apuração, Setúbal fez um discurso com voz embargada aos seus apoiadores em que disse não ter "estômago para aguentar o que viu nessa campanha". Após a cerimônia de posse,Mansur minimizou a comemoração antes do final da contagem dos votos. "É normal, o pessoal coloca para fora seus sentimentos."
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