Topo

Melhora da produção industrial puxa taxas futuras

02/09/2014 10h00

São Paulo - A alta de 0,7% da produção industrial em julho, na margem, após cinco meses consecutivos de queda, abriu espaço nesta terça-feira, 02, para uma correção para cima dos juros futuros, após a forte e contínua queda das taxas dos DIs recentemente. A alta do dólar ante o real também ajuda nesse movimento que, no entanto, deve ser limitado, uma vez que não houve melhora da indústria suficiente para que se comece a falar em alta da Selic. Lembrando que hoje começa a reunião de dois dias do Copom e não se espera no mercado nenhuma alteração da taxa básica de juro, atualmente em 11% ao ano.

A produção industrial subiu 0,7% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal, dentro do intervalo das estimativas, que iam de -0,50% a +1,40%, com mediana de +0,50%. Na comparação anual, houve queda de 3,60%, sendo que as projeções iam de queda de 5,25% a recuo de 3,00%, com mediana de -3,70%. No ano, a produção da indústria acumula queda de 2,8% e, em 12 meses, o recuo é de 1,2%. Chama atenção o desempenho da produção da indústria de bens de capital, que avançou 16,7% em julho ante junho. Já na comparação com julho de 2013 o indicador mostrou queda de 6,4%.

O panorama eleitoral, no entanto, permanece no centro das atenções e os investidores digerem o debate dos candidatos à presidência ontem no SBT, no qual ficou clara uma polarização entre a candidata do PT, a presidente Dilma Rousseff, e a candidata pelo PSB, Marina Silva.

Às 9h35, o DI para janeiro de 2017, o mais negociado, exibia taxa de 11,29%, de 11,20% no ajuste de ontem. O vencimento para janeiro de 2016 tinha taxa de 11,34%, na máxima, de 11,27% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2021 estava em 11,07%, de 11,00% no ajuste anterior. O dólar à vista no balcão tinha alta de 0,58%, a R$ 2,2550, na máxima. O futuro para setembro de 2014 subia 0,31%, a R$ 2,2710.