Bolsas europeias caem diante de desaceleração da China
Em Londres, as operações ainda foram afetadas pela queda de 11,59% nas ações da Tesco, que desabaram diante da notícia de que o resultado financeiro da maior rede varejista britânica pode ter sido superestimado em 250 milhões de libras. O índice FTSE-100 caiu 0,94%, para 6.773,63 pontos.
Na bolsa de Frankfurt, o índice DAX baixou 0,51%, para 9.749,54 pontos, enquanto em Paris, o CAC-40 recuou 0,42%, para 4.442,55 pontos. O Ibex-35, da Bolsa de Madri, teve queda de 0,49%, para 10.947,90 pontos; o PSI-20, de Lisboa, baixou 0,38%, para 5.889,39 pontos; e a maior desvalorização foi vista em Milão, onde o FTSE-MIB caiu 1,43%, para 20.673,00 pontos.
A queda generalizada nas bolsas europeias evidencia um movimento de aversão ao risco, desencadeado após o ministro de Finanças da China, Lou Jiwei, reconhecer que a segunda maior economia do mundo está perdendo ritmo. Ao participar do encontro de ministros de finanças e banqueiros centrais do G-20 na Austrália neste fim de semana, Lou Jiwei ainda destacou que o governo chinês não planeja responder à desaceleração do país com grandes mudanças em sua política econômica.
As preocupações dos investidores ainda foram alimentadas por mais um indicador negativo da zona do euro. O índice preliminar de confiança do consumidor da região recuou pelo quarto mês consecutivo em setembro, a -11,4, de -10,0 em agosto. A retração foi maior que a prevista pelos analistas, que esperavam uma leitura de -10,5.
O discurso do presidente do BCE, Mario Draghi, não alterou o humor do mercado. Nesta manhã, ele reafirmou que as políticas monetárias nos EUA e na Europa devem permanecer divergentes por "um longo período de tempo", dadas as diferenças econômicas nas duas regiões. Draghi ainda destacou que o BCE está pronto para usar instrumentos não convencionais, caso a inflação permaneça baixa por muito tempo.
No cenário corporativo, além da Tesco, as ações da Merck foram destaque, ao subirem 4,23% em Frankfurt após a farmacêutica informar que pagará US$ 17 bilhões pela americana Sigma-Aldrich. Já em Paris, os papéis da Air France caíram 5,16% diante da greve de pilotos que já se estende por uma semana.
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