Sem sala, assessores passaram a receber comerciantes no subsolo
A sala da liderança do PTB na Câmara Municipal, usada por assessores durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Alvarás, teve a chave trocada no fim de agosto. A mudança aconteceu após comerciantes relatarem terem sido notificados a apresentar documentos no local de maneira extraoficial. Apesar das denúncias, 17 dias depois, dois funcionários foram flagrados em outra sala da Casa, cedida pela Secretaria de Infraestrutura, ligada à Presidência, tentando extorquir dinheiro de um empresário.
Ambos os locais só foram usados pelo servidor municipal Roberto de Faria Torres, emprestado à Câmara durante a CPI, e pelo então assessor parlamentar Antônio Pedace, do gabinete de Eduardo Tuma (PSDB), porque havia autorização superior. No caso da sala do PTB, o aval foi dado pelo vereador Paulo Frange, líder do partido, a pedido do colega de legenda Adilson Amadeu, que solicitou os serviços de Torres.
De acordo com Frange, a sala foi liberada para ajudar na análise de documentos e não para abrigar reuniões. "Mas, no dia 22 de agosto, fui procurado por comerciantes que haviam sido chamados a apresentar documentação nessa sala. Como ela estava fechada, eles foram ao meu gabinete. Achei estranho porque é a secretaria da CPI que deve receber qualquer tipo de documento e a notificação apresentada por eles nem parecia ser oficial."
Os comerciantes tinham em mãos a segunda via de um pedido de esclarecimento enviado supostamente por Torres e Pedace. São esses os funcionários flagrados depois pela reportagem do Fantástico exigindo R$ 15 mil de um empresário para regularizar seu bar. Após conversar com os comerciantes, Frange avisou o presidente da CPI, Eduardo Tuma, o presidente da Casa, José Américo (PT), e o secretário-geral, Rodrigo Ravena, que decidiu trocar as chaves da sala do PTB.
Frange registrou boletim de ocorrência como forma de se resguardar. Em nota, a Presidência da Câmara informou que cedeu a sala a pedido da CPI dos Alvarás, que passou a ter "acesso exclusivo ao local". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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