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Alckmin confirma multa e lança kit contra desperdício de água

18/12/2014 18h13

São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, confirmou na tarde desta quinta-feira que o governo cobrará uma "tarifa de contingência" aos clientes da Sabesp que aumentarem o consumo de água, a partir de 1º de janeiro. Conforme antecipou o jornal O Estado de S. Paulo, os valores dos acréscimos na conta serão de 20% para quem consumir até 20% a mais em relação à média do ano passado e de 50% para quem ampliar o consumo além desse patamar. Segundo Alckmin, a medida já foi aprovada pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia (Arsesp).

"Queremos que os 20% que ainda não reduziram o consumo, que o façam. Nosso objetivo não é arrecadatório ou punitivo, queremos que todos colaborem", afirmou o governador, em coletiva de imprensa, ao lado do diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato - considerado favorito para substituir Dilma Pena na presidência da estatal a partir de janeiro.

Além da tarifa de contingência, que não chegou a ser chamada de multa por Alckmin, o governo vai prorrogar o bônus até o fim de 2015 para quem economizar água. O governador frisou que os clientes que tiverem uma justificativa para o aumento de água, como um número maior de familiares vivendo em casa, podem recorrer à Sabesp.

Outras duas medidas para combater a escassez hídrica também foram anunciadas hoje. O governador explicou que a Sabesp vai distribuir gratuitamente um "kit economizador de água" para toda a região metropolitana de São Paulo. O kit consiste em dispositivos instalados em torneiras para reduzir a saída de água. A última medida anunciada é a distribuição, também gratuita, de caixas d'água para clientes necessitados com renda familiar de até três salários mínimos, visando que todos tenham reservas por 24 horas.

"Fizemos um estudo e a entrega será programada após vistoria de um técnico da Sabesp. Já identificamos 10 mil clientes", disse Alckmin. "A Arsesp fará o pagamento das caixas d'água e a Sabesp fará o pagamento dos kits." Alckmin explicou ainda que a meta do governo é chegar a uma redução de 2,5 metros cúbicos por segundo, podendo chegar a 3,4 metros cúbicos por segundo.