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'Parecem nazistas criminalizando o povo judeu', diz Lula sobre 'perseguição' a Dilma

Sem citar nomes, o ex-presidente criticou pessoas que se diziam democráticas e que não aceitaram até agora o resultado da eleição" - Alex Silva/Estadão Conteúdo
Sem citar nomes, o ex-presidente criticou pessoas que se diziam democráticas e que não aceitaram até agora o resultado da eleição" Imagem: Alex Silva/Estadão Conteúdo

Do Estadão Conteúdo, em São Paulo

24/07/2015 23h14Atualizada em 25/07/2015 16h07

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, na noite desta sexta-feira (24), durante a posse do novo presidente do Sindicato dos Bancários do ABC, Belmiro Moreira, estar de "saco cheio" e "cansado das mentiras e safadezas" contra Dilma, e e voltou a fazer comparações com o nazismo. "O que a gente vê na televisão parece os nazistas criminalizando o povo judeu.

Em um discurso mais curto que os seus tradicionais, o petista defendeu a sucessora e tentou minimizar o cenário de crise que assola o país. "Estou cansado de agressões à primeira mulher que governa esse país, de ver o tipo de perseguição que tentam fazer às esquerdas nesse País", disse Lula. "Não tem pessoa com caráter mais forte nesse País que a Dilma", afirmou em outro trecho em que exaltou a presidente.

O ex-presidente se disse "profundamente irritado" com a reação de "pessoas que se diziam democráticas e que não aceitaram até agora o resultado da eleição". "Sei que é difícil para parte da elite brasileira aceitar certas coisas", disse, mencionando que os avanços sociais dos últmos anos incomodam as elites. "Tudo que é conquista social incomoda uma elite perversa", comentou

Crise

Lula admitiu que existe medo na população brasileira e que as pessoas começam a se preocupar com a inflação e com o desemprego, mas ressaltou que resolver a questão é prioridade do governo. "A inflação está alta, a 9%, mas vai cair", disse ao apontar que o desemprego era de 12,5% e a inflação de 12% quando ele assumiu a Presidência.

Lula disse que é preciso trabalhar a conscientização e formação das pessoas para que elas compreendam que os políticos podem melhorar suas vidas, especialmente destacando os avanços dos últimos 12 anos para os mais jovens. "Quem vem apostando no fracasso deste País vai quebrar a cara."