57,3% das rodovias do País estão em situação regular, ruim ou péssima, revela CNT
O levantamento, que está em sua 19ª edição, ultrapassou a marca dos 100 mil quilômetros pesquisados, incluindo os 55 mil km das rodovias federais e os principais trechos de estradas estaduais. Segundo a CNT, há um total de 1,720 milhão de km de vias no Brasil, sendo apenas 12,4% pavimentados.
Quando observada apenas a situação do pavimento, o resultado mostra que 48,6% têm algum tipo de deficiência. Em relação à sinalização, os problemas aparecem em 51,4% da extensão avaliada. Sobre a geometria da via, 77,2% têm condições inadequadas de traçado.
O levantamento revela ainda que 86,5% dos trechos analisados são rodovias simples de mão dupla. Além disso, apenas 60% das malhas têm acostamento. Quanto a curvas perigosas, 42% desses trechos não possuem placas de alerta para o motorista. Quando analisadas as condições apenas das rodovias federais, 51,9% estão em condições ruins ou péssimas. "O que nos preocupa é que há trechos de estradas no Brasil que não melhoram nunca", disse Bruno Batista, diretor executivo da CNT.
No ranking das melhores estradas do País, a melhor ligação rodoviária do Brasil é o trecho que liga as cidades de São Paulo e Limeira, englobando a SP-310, a BR-364 e a SP-348. Todas as 10 melhores estradas que aparecem no ranking têm em comum o fato de que são concedidas à iniciativa privada, cobram pedágio e passam pelo Estado de São Paulo. O pior trecho de estrada do País é a ligação entre os municípios de Marabá e Dom Eliseu, no Pará, a BR-222.
Perdas
As estimativas apontam que R$ 46,8 bilhões foram perdidos em 2014 devido a deficiências no pavimento das estradas. No ano passado, ocorreram 169.153 acidentes rodoviários, com 8.227 vítimas fatais. O custo dos acidentes foi de R$ 12,3 bilhões.
Segundo a CNT, o governo investiu R$ 9 bilhões em seus 55 mil km de rodovias federais, enquanto as concessionárias gastaram R$ 6,9 bilhões em 16,5 mil km. Na média, o poder público injetou R$ 165 mil por quilômetro de rodovia que gerencia, enquanto a média da iniciativa privada foi de R$ 422 mil por km.
A CNT apontou 618 projetos prioritários, que custariam R$ 294 bilhões em investimentos. Se considerados as perdas do País com a precariedade das estradas e seus gastos com acidentes, disse Bruno Batista, todos esses trajetos seriam atendidos no prazo de cinco anos.
O estudo anual avalia as condições do estado geral, do pavimento, da sinalização e da geometria da via. Também são apontados os pontos críticos e o impacto que o estado das rodovias tem no custo operacional do transporte rodoviário. São consideradas, ainda, as situações viárias por tipo de gestão - pública ou concedida - por Estado e região geográfica.
A pesquisa tem o intuito de ajudar na orientação de políticas públicas, projetos privados e programas governamentais para a promoção do desenvolvimento do transporte rodoviário de cargas e de passageiros.
O diretor da CNT Vander Costa disse que a iniciativa privada é o que tem dado respostas mais efetivas de qualidade às estradas do País.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.