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Cetesb exige estudo do reparo na barragem do Paraíba do Sul

Barragem de resíduos da mineradora Rolando Comércio de Areia no Rio Paraíba do Sul, em Jacareí, dois dias após o rompimento - Lucas Lacaz Ruiz/Estadão Conteúdo
Barragem de resíduos da mineradora Rolando Comércio de Areia no Rio Paraíba do Sul, em Jacareí, dois dias após o rompimento Imagem: Lucas Lacaz Ruiz/Estadão Conteúdo

Em São José dos Campos

11/02/2016 20h56

A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) informou nesta quinta-feira (11) que vai exigir o estudo de estabilidade da barragem de mineração de areia que foi reconstruída em Jacareí. Na última sexta-feira (5), por conta do depósito irregular de rejeitos, a barragem se rompeu e a lama atingiu o Rio Paraíba do Sul, deixando duas cidades e mais de 660 mil pessoas sem o abastecimento de água.

Os serviços de reparo foram realizados pela empresa responsável pelo acidente, a Rolando Comércio de Areia Ltda. Para a aprovação desses serviços, que vai avaliar as condições em que foram feitos, o estudo será realizado pelo DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral).

O acidente ocorreu pelo elevado volume de rejeitos depositados irregularmente em uma lagoa de propriedade de outra mineradora, a Meia Lua I, que passa pelo processo de renovação de licenciamento. Segundo a agência ambiental, controlada pelo governo do Estado, nas últimas inspeções realizadas nas mineradoras, em julho 2015 na Rolando Comércio de Areia Ltda., e em novembro 2015 na Mineração Meia Lua I Ltda., não foi constatada tal irregularidade.

Os impactos causados e as sanções administrativas estão sendo avaliados conforme a legislação vigente e serão divulgados na próxima semana, informou a agência. Não foi possível quantificar o volume de águas residuárias que atingiu o Rio Paraíba do Sul em razão da variação da profundidade da lagoa.

O acidente deixou aproximadamente 660 mil habitantes das cidades de São José dos Campos e Pindamonhangaba sem água no feriado de carnaval. O serviço de tratamento realizado pela Sabesp ficou comprometido por causa do alto índice de turbidez e a presença de alumínio e ferro. Entretanto não houve prejuízos para a vida aquática local.