Topo

Doria: primeiras medidas serão sobre Corujão da Saúde e privatização do Anhembi

03/10/2016 00h49

São Paulo - Na primeira entrevista coletiva do candidato eleito à Prefeitura João Doria, na noite do domingo, 2, o tucano afirmou, no diretório do PSDB, que as primeiras medidas tomadas em sua gestão serão referentes ao Corujão da Saúde, privatização do Anhembi e contratos com empresas de ônibus.

"Saúde é o problema número, 1, 2 e 3. Precisa ter uma ação emergencial", disse. De acordo com o tucano, será mantido sua proposta do Corujão da Saúde, carro-chefe da campanha, que consiste em "alugar" mais de 40 hospitais privados para funcionarem das 20h às 8h atendendo pacientes da rede municipal. Ele afirmou que irá se reunir com representantes do setor privado nesta semana.

Eleito com 53% dos votos com o discurso de privatização, ele afirmou que irá tocar a PPP da iluminação e que a primeira privatização será do Anhembi, "que o prefeito (Haddad) tentou fazer, mas não conseguiu".

Questionado sobre os contratos de empresas de ônibus, ele disse que irá reanalisá-los. Haddad teria se comprometido a não renová-los de imediato, segundo Doria. Ele, inclusive, elogiou o prefeito, que ligou para parabenizá-lo. "Tenho certeza que não encontrarei nenhuma surpresa desagradável", afirmou referente às contas públicas.

Adversários

De acordo com Doria, após sua vitória, ele recebeu ligação dos candidatos derrotados Celso Russomanno (PRB), Marta Suplicy (PMDB) e Haddad. O presidente Michel Temer também teria ligado - "tenho certeza que podemos ter boas conversas com o PMDB".

O ex-prefeito e atual ministro das Comunicações, Gilberto Kassab (PSD), também teria ligado para parabenizá-lo. "Não estou dizendo que vamos fazer alianças, mas vamos ter boas conversas", disse Doria, fazendo referência ao apoio e participação de outras siglas na sua gestão. Ele reforçou que irá manter um bom diálogo com todos os partidos, inclusive os da oposição, como o PT.

Transição

A partir desta segunda-feira, 3, o tucano começará a se reunir com sua equipe para eleger nomes para compor sua gestão. Ele adiantou apenas um nome: Julio Semeguini, seu coordenador geral de campanha, que irá coordenar também a equipe de transição.

Tucanos e Temer

Durante o discurso de vitória ao lado de Alckmin, Doria elogiou seu padrinho político e fez uma campanha para prévias para eleições presidenciais.

Sua candidatura, patrocinada pelo governador, gerou conflitos na base do PSDB. Às vésperas das eleições, uma dissidência do partido lançou um manifesto contrário à sua candidatura. Caciques tucanos como Fernando Henrique, José Aníbal e José Serra não apareceram nas comemorações, mas manifestaram apoio ao candidato.

Segundo Doria, Aloysio Nunes, Fernando Henrique e José Anibal teriam mandado mensagens por meio de WhatsApp parabenizando-o. Serra não teria feito o mesmo, mas Doria afirmou ter "segurança que também estarão juntos nessa jornada e política de ter todo PSDB agrupado e unido".

João Doria: 'Vamos priorizar, sim, os mais pobres'

UOL Notícias