Para professor, big data pode acabar com era do 'achismo' no sistema de saúde
Chiavegatto apontou que hoje 76% dos prontuários médicos no Brasil ainda são de papel. Segundo ele, algumas principais áreas que seu grupo pesquisa na USP usando o big data são estudos multicêntricos, que são pesquisas feitas em diversas regiões, com maior representatividade e generalização dos resultados; medicina de precisão, com decisões de saúde individualizadas; e internet das coisas, que é a capacidade dos objetos - neste caso sistemas e equipamentos médicos - trocarem informações entre si.
O pesquisador deu alguns exemplos práticos que já estão sendo elaborados. Seu grupo procura, por exemplo, acelerar a triagem de pacientes que chegam ao pronto-socorro com suspeita de zika e dengue. Também há um projeto para reduzir erros de preenchimento em atestados de óbito, que são uma importante fonte de informação para pesquisas em saúde. Outro caso é um estudo feito há 16 anos com um grupo inicial de 2 mil idosos.
A ideia é fazer com que os algoritmos estabeleçam quem provavelmente morrerá em cinco, dez ou 15 anos, com base nos padrões entre os idosos do grupo que já faleceram. Os pesquisadores também avaliam o programa Mais Médicos, analisando a melhora em indicadores de saúde e, assim, determinando qual seria o município mais adequado a receber os profissionais desse programa.
Já Renato Policano, da Microsoft, ressaltou a possibilidade do uso do big data para melhorar a eficiência operacional e financeira dos provedores de saúde. Segundo ele, usando a nuvem como habilitador do big data é possível obter ganhos de velocidade, escala, economia e segurança.
Enquanto isso, Eduardo Cipriano, da IBM, ressaltou a importância da tecnologia cognitiva, que significa uma revolução na tecnologia da informação. Ele apontou que toda a informação médica do mundo deve dobrar a cada 73 dias até 2020 e que é impossível um médico se manter atualizado.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.